Comentários sobre um monte de baboseiras posto como
artigo no R7 pelo André Forastieri.
” A revista britânica
Lancet publicou semana passada estudo que relaciona de forma conclusiva o Bolsa
Família com a queda da mortalidade infantil. Dados de quase 3000 municípios
brasileiros foram utilizados, no período entre 2004 e 2009.”
Não tive acesso a pesquisa inteira porque é fechada e
custa US$ 31 os quais não me dispus a pagar para checar maiores informações.
Porém na página de apresentação está escrito:
“In the past 15
years, Brazil has undergone notable social and public health changes, including
a large reduction in child mortality. “
Look. Oh! I’m sorry. Veja que falam em 15 anos atrás, logo
a pesquisa se refere a 1998 (2013-2015=1998) or not. E não ao periodo PTista de 2004 para cá.
Daí já se vê o compromisso ideológico do artigo.
No Brasil, assim como na maioria dos outros países, essa
taxa está reduzindo a cada ano. Conforme dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a mortalidade infantil no Brasil segue em
declínio. Em uma década (1998 – 2010) passou de 33,5 crianças mortas por mil
nascidas vivas.
Se vê que o decréscimo da taxa de mortalidade infantil
no Brasil vem sendo significativo desde a década de 80 e não é um fenômeno que
tenha se acelerado nos últimos anos do governo PTista. De fato entre 1980 e
1990 a queda foi de 41,74%. Muito superior aos 19,4% apresentados na pesquisa.
Logo essa associação bombástica entre as duas questões é questionável,
além de se estender a um período bem anterior ao citado no artigo.
Outra idiotice citada é:
“É evidente que se o
mundo tivesse dois bilhões de pessoas, em vez de sete, estaríamos melhor na
fita. Quanto menos pobre, menos pobreza... “
Não sei em qual faculdade de economia esse parvo
estudou que associa o fato de população pequena corresponder a maior riqueza.
Hoje existe inclusive uma preocupação entre os países europeus que sofrem com
uma diminuição demográfica. Alguém poderia dizer ao parvo que uma das
principais razões da formação de blocos econômicos é a ampliação de mercados?
Outra tolice dita é:
“O Bolsa Família, portanto,
salva vidas. Não é uma solução permanente. É uma operação de emergência,
necessária hoje e todo dia. Sua missão fundamental é salvar vidas em perigo,
vidas que enfrentam uma calamidade permanente “
Afinal o bolsa família é emergencial e não é uma solução
permanente ou é para hoje e todo dia durante a calamidade que é permanente?
Ele segue citando benefícios dados na Inglaterra. Bem
vamos aos fatos. Na Inglaterra são atendidos cerca de 2 milhões que representam
3,33% da população. No Brasil temos 13,8 milhões de bolsas, considerando uma
família de 4 pessoas dependente deste recursos teremos cerca de 40 milhões de
atendidos ou cerca de 25% da população. Logo essa comparação é totalmente
despropositada.
Diz ainda:
“O PT explora
politicamente o Bolsa Família? Claro, é isso que governos fazem, e oposição
idem. Aécio Neves até já disse que quem criou o Bolsa Família foi o PSDB (não
foi, mas criaram coisas parecidas. Lula, quando o Fome Zero não decolou,
reempacotou os benefícios criados pelos tucanos, engordou um tanto o bolo, e
marketou magistralmente). Minha sugestão é que os governos estaduais e
municipais da oposição criem seus próprios bolsa isso e bolsa aquilo. Que bom
se os políticos disputarem nosso voto nos dando dinheiro, em vez de tirar...
“
O que foi criado no governo Fernando Henrique foi o
Vale Gás, o Vale alimentação e foi iniciado o cadastro único que deu origem ao
Bolsa Família, o qual aliás Lula criticava abertamente antes de ser eleito,
como pode ser visto num vídeo no you tube
clicando aqui.
Mas o fim do parágrafo é de um idiotice ou de um mau
caratismo sem tamanho. Alguém com o mínimo de inteligência pode entender que o
dinheiro do bolsa qualquer coisa é uma bondosa doação dos políticos? Mesmo
porque para os assalariados que são os que pagam as contas nestepaiz, mesmo sendo os
odiosos perpetuadores de todo o mal, segundo Marilena Chauí, não é doado nada,
muito pelo contrário. Temos recolhimentos impostos e depois ainda riem na nossa
cara nos chamando de contribuintes.
Por fim ele derrama uma verborragia esquerdista comunista
que além de idiota é anacrônica e furada em sua essência. Já dizia Margareth
Thatcher, O socialismo acaba quando termina o dinheiro dos outros. Rico
não paga imposto no Brasil cara pálida, pelo menos não na mesma proporção. Quem
tem sustentado toda a máquina são aqueles que o governo classifica como classe
média.
Por fim acrescento que não sou contra políticas assistencialistas desde que sejam limitadas e tenham em seu planejamento ações que visem torna-las desnecessárias ao longo de um tempo. E sou contra a forma e o uso deste mecanismo como está sendo feito no Brasil.
Por fim acrescento que não sou contra políticas assistencialistas desde que sejam limitadas e tenham em seu planejamento ações que visem torna-las desnecessárias ao longo de um tempo. E sou contra a forma e o uso deste mecanismo como está sendo feito no Brasil.
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