Faltam 15 dias para a eleição presidencial. E eis que me vejo numa sinuca de bico. Em quem votar. Temos três personagens principais em mais uma tragicomédia da cena política brasileira.
De trás para frente, na terceira posição vem algo como a nossa amiga, que quando nos perguntam o que achamos dela, dizemos “é bonitinha”. Pois é Marina é legal, é simpática, achamos que seja bem intencionada, honesta, mas ninguém quer ficar com ela. Será como a nossa amiga a futura amiga encalhada. Mas ainda acho que talvez fosse a melhor opção. Mas como ela governaria num país que precisa sempre dos ávidos congressistas do PMDB para governar.
No segundo lugar vem a caricatura de Nosferatu brasileiro, o quase picolé de chuchu, Serra. O cara também até parece ser um político acima da média de qualidade brasileira, mas o pessoal que está com ele é muito incompetente para fazer oposição, ruins de mais da conta de campanha. E acho que meio que alienados do cenário brasileiro. Eles acham que estão fazendo política na câmara dos lordes ingleses. O excesso de fidalguia é inaplicável no país tupiniquim.
Por fim temos quem está em primeiro lugar nas pesquisas, o doutor Victor Lulastein e sua criatura, misto de manequim e boneca inflável. Vemos constantemente a repaginação de imagem de personagens públicos, mas o que fizeram com Dilma foi além dos preceitos éticos e morais da cirurgia plástica. Inclusive acho que a ortodontista dela deveria ser processada, no ato de trocar toda a dentadura dela, colocou uma que a impede de fechar a boca, a coitada ficou parecendo o curinga do Batman. Aliás, acho que descobriram a forma de fazer transmutação, conseguiram passar a personalidade de uma pessoa para o corpo de outra, só assim para entender as mudanças visuais.
E então chegamos ao ponto principal. Dilma continua sendo quem sempre foi apesar das aparências. Assim como Lula e assim como o PT e seus personagens principais.
Ninguém pode estar enganado a respeito disso, pelo menos a classe privilegiada brasileira que teve acesso a educação e tem mentes mais esclarecidas. Infelizmente a grande maioria de nossa população é apenas uma massa similar a um rebanho, que vai tranquilamente atrás de quem oferecer um melhor pasto. Atitude parcialmente justificada pela falta de informação, educação, por terem sido espoliados ao longo do tempo pelos governantes, mas muito também pela nossa forma de enxergar os governantes como uma casta de nobres que ao invés de serem nossos representantes e nos obedecerem, nós os vemos como um ideal de vida, nababos privilegiados e locupletando com o nosso esforço. Outro dia falaremos mais sobre impostos e como você que acha que só os ricos os pagam está muito enganado.
Mas voltando a Lula, Dilma, Dirceu, Gushiken e Cia. Perdoem-me por citar esses nomes. O problema é que eles realmente acreditam que estão acima do bem e do mal. O desprezo deles pelas leis é público e notório. O uso do jogo sujo é liberado para eles que se acreditam salvadores da pátria, Lula tem-se auto intitulado como o grande pai dos pobres, e segundo sua própria definição de que sendo ele o grande benfeitor pode tudo, faltando muito pouco para ser o Big Brother (Não aquela besteira do Bial). Para mim é claro que nosso querido presidente adoraria um terceiro, um quarto, um quinto,..., mandato. Parece óbvio a necessidade movida pela vaidade pessoal de se enxergar como o grande estadista, que não é. Mas não vamos falar da política de relações internacionais brasileiras. Nunca antes esse país foi tão ridicularizado mundialmente nas relações internacionais.
O que realmente me preocupa na iminente hegemonia do PT é que eles realmente se acreditam uma casta acima de qualquer outra e que tudo pode. Mal ou bem Lula conseguiu por seu carisma e esperteza sufocar a sanha radical de algumas figuras de seu partido, sua vaidade é maior do que seu apego aos “companheiros”. E isso nos poupou de algumas coisas nos últimos oito anos. Mas não consigo enxergar na sua criatura nenhum traço que permita imaginar que ela segurará aqueles que querem tornar o Brasil numa “republiqueta social”, democrata assim como as de seus ícones Enver Halil Hoxha e Fidel no passado, e os atuais Chávez e Morales. As idéias de censura e controle são algo arraigado nas mentes “progressistas” (!?) deste pessoal. E mais nem esse aparente bom mocismo ideológico esconde a verdadeira face autoritária e os interesses escusos de se tornarem a nobreza que dita aquilo que a vassalagem precisa.
Como disse, estou numa sinuca de bico. Como resolver esse dilema? Não vou aqui proferir minha escolha pessoal até porque ainda não sei. Mas que gostaria muito de ter mais 30 dias para pensar gostaria e suplico que tenhamos a chance de um segundo turno.
Um comentário:
Uso do humor com muita inteligência.
Uma delícia de ler estes textos.
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