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Economista, Administrador, Analista de Sistemas e Pensador (forcei). Meu suporte está em Deus que me elegeu na eternidade como Seu filho sem nenhum mérito para mim, na minha esposa Verônica e meus filhos, os manos Accete, Raphael, Philipi e Victor. Amo a Deus sobre tudo. Mas não posso esquecer que sou Flamengo e tenho duas negas chamadas Penelope e Joaquina, a galega doida Lara Croft e a mulambo de estopa, Cocada.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Antigamente diríamos manda para o PINEL





Estou numa dúvida tremenda se Dilminha surtou de vez, ou simplesmente sua alienação do mundo real chegou ao ápice.

A quantidade de ideias esdrúxulas que tem saído daquela cabeça tratada a mais de R$ 3 mil por maquiagem, está tão, mas tão grande, que talvez o produto de fixação de seus cabelos esteja afetando o único neurônio ainda atuante.

Além da nossa presidente viver alienada da realidade do país, depois do sacode da vaia no Mané Garrincha ela surtou, só pode.

Primeiro foram os seis mil médicos importados, depois o plebiscito e agora o trabalho compulsório de recém-formados. Nem Cesar Maia em seu auge da loucura concebeu tantos factoides imbecis.

Dos primeiros já se falou muito, mas desse último mais recente queria tecer algumas considerações, mesmo que ache que vai dar em nada como os anteriores, se não for derrubado no congresso certamente o será no STF.

Primeiro absurdo da ideia está no fato de estabelecer que a população mais carente, aquela que mais sofre com a falta de atendimento é um cidadão fisicamente, medicamente diferente do restante da população. Porque uma parte da população precisa de medicina completa, com especialistas, exames, cirurgias, internações, e esses menos afortunados precisam apenas de clínicos recém-formados que não terão sequer material médico, nem tampouco como ter realizar um exame complementar para diagnóstico de seus pacientes, e se descobrirem que precisam de um internamento o farão onde? Uma medida para chamar a atenção, num ato de desespero eleitoral, porém recheada de uma irresponsabilidade sem tamanho. Imagine um recém-formado em Pernambuco por exemplo, sendo obrigado a cumprir dois anos de serviços forçados na Amazônia, sem apoio, sem parentes, sem estrutura e sem apoio operacional de técnicos da área. Porque nossos compatriotas dos bolsões mais pobres do Brasil merecem um atendimento de segunda classe?

A iniciativa é arbitrária. Porque só os médicos? Porque não os advogados? Engenheiros, professores? Porque não técnicos em eletrônica? E porque não obrigar os políticos a primeiro serem barnabés de repartição, e só poderem ser presidentes depois de terem sido, vereadores, prefeitos, deputados, senadores? Qual a justificativa para essa obrigação? Ensino não é. Temos Universidades Federais com cursos de Medicina, onde faltam professores, laboratórios e mesmo cadáveres para as aulas de anatomia. Voce gostaria de ser cirurgiado por um médico que só abriu pessoas virtualmente? Pois é isso que o governo tem feito, aberto várias universidades federais sem oferecer estrutura de funcionamento para as mesmas.

Além das duas razões anteriores, essa ideia é autoritária. Primeiro se propõe a mexer na matriz curricular de todas as faculdades de medicina o que é uma atribuição do Ministério da Educação em consonância com o Conselho Federal de Medicina. Outrossim, as faculdades privadas são sustentadas pelas mensalidades daqueles que a cursam, e as universidades federais são autônomas quer como autarquias ou enquanto fundações e tem poder para definir suas grades curriculares. A imposição de um novo estágio, notem que os estudantes de medicina já são obrigados a cumprir horas de estágio atualmente, é totalmente autoritária. Primeiro porque obriga pessoas ao cumprimento de serviço civil similar ao serviço militar obrigatório. Considerando que não haverá vagas para todos, criar-se-á a indústria da dispensa de serviço como todos sabem existe no serviço militar. Ainda, mesmo que entendêssemos essa medida como útil, ela só traria alguma alteração em 2021, já que só vale para os ingressos em 2015, e medicina é um curso de 6 anos. Há até quem defenda a ideia: “Voce estudou de graça então que devolver em serviço ao governo.” Mas mesmo essa ideia é um tanto quanto estapafúrdia. Uma porque coloca na mesma situação alunos de escolas particulares nos quais o governo não teve nenhum custo de formação. Duas, porque seguindo esse raciocínio, seria mais útil tornar as universidades federais pagas, e usar o dinheiro gasto nelas para criar condições de atuação dos médicos na chamada periferia da nação. Se houver condições de trabalho e remuneração digna não faltarão candidatos.

Talvez nesse surto neo autoritário de Dilma ela esteja vivendo em um universo paralelo no qual o VAR-Palmares tenha vencido na década de 70 e ela tenha sido escolhida a grande líder da nação. Mas se ela acordar desse pesadelo que nos impõe ela verá que aqui o barbudo que lhe criou não transformou o Brasil numa Cuba, onde seus ídolos, fizeram o que bem entenderam, e continuam fazendo, a despeito da população de verdade.

Reproduzo algumas colocações de fala do presidente do CFM, Roberto Luiz D'Ávila:

É muito mais fácil do que investir realmente em saúde e CRIA CONDIÇÕES — inclusive infraestrutura — para que, ESPONTANEAMENTE, como deve ocorrer em democracias e em economias de mercado, os jovens formandos aceitem trabalhar em localidades carentes.

O problema é que o governo não tem capacidade, competência nem coragem para enfrentar a realidade que vivem os médicos contratados por prefeituras pelo país afora: sem equipamento mínimo, sem ambulâncias, sem contrato digno de trabalho, sem garantias trabalhistas essenciais, à mercê da politicagem partidária e, com enorme frequência, levando calotes dos prefeitos sem que tenham elementos suficientes para cobrar, depois, com eficácia, aquilo a que têm direito.

O precedente com os estudantes de Medicina, feridos em sua liberdade, é grave, é gravíssimo.

Daqui a pouco, o lulopetismo vai querer obrigar os estudantes de Direito a dedicarem não sei quantos anos à Defensoria Pública nos cafundós do país.

Ou enviar estudantes de Engenharia para colaborar na construção de ferrovias no Deserto do Jalapão, em Tocantins.

Ou dentistas para morarem na Caixa Prego, compulsoriamente.

Ou condicionar a formatura de estudantes de Enfermagem a cuidarem de leprosos nos confins da Amazônia.

Aí a imaginação pode correr solta. Que destino teria um estudante de, digamos, Geografia? E um de Relações Internacionais?

Não estamos em Cuba, nem na Venezuela, e muito menos na Coreia do Norte.

Essa medida provisória, como toda medida autoritária, usa como pretexto necessidades e carências reais da população para enfiar goela abaixo de jovens estudantes um absurdo.


Torço para que seja apenas uma insanidade temporária e passe logo. A continuar nesse ritmo, Dilma até o ano que vem deve propor o confisco de todo o salario da classe média para pagar a compra de band aids.

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