Estou numa dúvida
tremenda se Dilminha surtou de vez, ou simplesmente sua alienação do mundo real
chegou ao ápice.
A quantidade de
ideias esdrúxulas que tem saído daquela cabeça tratada a mais de R$ 3 mil
por maquiagem, está tão, mas tão grande, que talvez o produto de fixação de
seus cabelos esteja afetando o único neurônio ainda atuante.
Além da nossa
presidente viver alienada da realidade do país, depois do sacode da vaia no
Mané Garrincha ela surtou, só pode.
Primeiro foram os
seis mil médicos importados, depois o plebiscito e agora o trabalho compulsório
de recém-formados. Nem Cesar Maia em seu auge da loucura concebeu tantos
factoides imbecis.
Dos primeiros já se
falou muito, mas desse último mais recente queria tecer algumas considerações,
mesmo que ache que vai dar em nada como os anteriores, se não for derrubado no
congresso certamente o será no STF.
Primeiro absurdo da
ideia está no fato de estabelecer que a população mais carente, aquela que mais
sofre com a falta de atendimento é um cidadão fisicamente, medicamente
diferente do restante da população. Porque uma parte da população precisa de
medicina completa, com especialistas, exames, cirurgias, internações, e esses
menos afortunados precisam apenas de clínicos recém-formados que não terão sequer
material médico, nem tampouco como ter realizar um exame complementar para
diagnóstico de seus pacientes, e se descobrirem que precisam de um internamento
o farão onde? Uma medida para chamar a atenção, num ato de desespero eleitoral,
porém recheada de uma irresponsabilidade sem tamanho. Imagine um recém-formado
em Pernambuco por exemplo, sendo obrigado a cumprir dois anos de serviços
forçados na Amazônia, sem apoio, sem parentes, sem estrutura e sem apoio
operacional de técnicos da área. Porque nossos compatriotas dos bolsões mais
pobres do Brasil merecem um atendimento de segunda classe?
A iniciativa é
arbitrária. Porque só os médicos? Porque não os advogados? Engenheiros,
professores? Porque não técnicos em eletrônica? E porque não obrigar os políticos
a primeiro serem barnabés de repartição, e só poderem ser presidentes depois de
terem sido, vereadores, prefeitos, deputados, senadores? Qual a justificativa
para essa obrigação? Ensino não é. Temos Universidades Federais com cursos de
Medicina, onde faltam professores, laboratórios e mesmo cadáveres para as aulas
de anatomia. Voce gostaria de ser cirurgiado por um médico que só abriu pessoas
virtualmente? Pois é isso que o governo tem feito, aberto várias universidades
federais sem oferecer estrutura de funcionamento para as mesmas.
Além das duas
razões anteriores, essa ideia é autoritária. Primeiro se propõe a mexer na
matriz curricular de todas as faculdades de medicina o que é uma atribuição do
Ministério da Educação em consonância com o Conselho Federal de Medicina.
Outrossim, as faculdades privadas são sustentadas pelas mensalidades daqueles
que a cursam, e as universidades federais são autônomas quer como autarquias ou
enquanto fundações e tem poder para definir suas grades curriculares. A imposição
de um novo estágio, notem que os estudantes de medicina já são obrigados a
cumprir horas de estágio atualmente, é totalmente autoritária. Primeiro porque
obriga pessoas ao cumprimento de serviço civil similar ao serviço militar
obrigatório. Considerando que não haverá vagas para todos, criar-se-á a
indústria da dispensa de serviço como todos sabem existe no serviço militar.
Ainda, mesmo que entendêssemos essa medida como útil, ela só traria alguma
alteração em 2021, já que só vale para os ingressos em 2015, e medicina é um
curso de 6 anos. Há até quem defenda a ideia: “Voce estudou de graça então que
devolver em serviço ao governo.” Mas mesmo essa ideia é um tanto quanto
estapafúrdia. Uma porque coloca na mesma situação alunos de escolas
particulares nos quais o governo não teve nenhum custo de formação. Duas,
porque seguindo esse raciocínio, seria mais útil tornar as universidades
federais pagas, e usar o dinheiro gasto nelas para criar condições de atuação
dos médicos na chamada periferia da nação. Se houver condições de trabalho e
remuneração digna não faltarão candidatos.
Talvez nesse surto
neo autoritário de Dilma ela esteja vivendo em um universo paralelo no qual o
VAR-Palmares tenha vencido na década de 70 e ela tenha sido escolhida a grande
líder da nação. Mas se ela acordar desse pesadelo que nos impõe ela verá que
aqui o barbudo que lhe criou não transformou o Brasil numa Cuba, onde seus
ídolos, fizeram o que bem entenderam, e continuam fazendo, a despeito da população
de verdade.
Reproduzo algumas
colocações de fala do presidente do CFM, Roberto Luiz D'Ávila:
“É muito mais fácil do que investir
realmente em saúde e CRIA CONDIÇÕES — inclusive infraestrutura — para que,
ESPONTANEAMENTE, como deve ocorrer em democracias e em economias de mercado, os
jovens formandos aceitem trabalhar em localidades carentes.
O problema é que o governo não tem
capacidade, competência nem coragem para enfrentar a realidade que vivem os
médicos contratados por prefeituras pelo país afora: sem equipamento mínimo,
sem ambulâncias, sem contrato digno de trabalho, sem garantias trabalhistas
essenciais, à mercê da politicagem partidária e, com enorme frequência, levando
calotes dos prefeitos sem que tenham elementos suficientes para cobrar, depois,
com eficácia, aquilo a que têm direito.
O precedente com os estudantes de
Medicina, feridos em sua liberdade, é grave, é gravíssimo.
Daqui a pouco, o lulopetismo vai querer
obrigar os estudantes de Direito a dedicarem não sei quantos anos à Defensoria
Pública nos cafundós do país.
Ou enviar estudantes de Engenharia para
colaborar na construção de ferrovias no Deserto do Jalapão, em Tocantins.
Ou dentistas para morarem na Caixa Prego,
compulsoriamente.
Ou condicionar a formatura de estudantes
de Enfermagem a cuidarem de leprosos nos confins da Amazônia.
Aí a imaginação pode correr solta. Que destino
teria um estudante de, digamos, Geografia? E um de Relações Internacionais?
Não estamos em Cuba, nem na Venezuela, e
muito menos na Coreia do Norte.
Essa medida
provisória, como toda medida autoritária, usa como pretexto necessidades e
carências reais da população para enfiar goela abaixo de jovens estudantes um
absurdo.”
Torço para que seja
apenas uma insanidade temporária e passe logo. A continuar nesse ritmo, Dilma
até o ano que vem deve propor o confisco de todo o salario da classe média para
pagar a compra de band aids.
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