Quem sou eu

Minha foto
Economista, Administrador, Analista de Sistemas e Pensador (forcei). Meu suporte está em Deus que me elegeu na eternidade como Seu filho sem nenhum mérito para mim, na minha esposa Verônica e meus filhos, os manos Accete, Raphael, Philipi e Victor. Amo a Deus sobre tudo. Mas não posso esquecer que sou Flamengo e tenho duas negas chamadas Penelope e Joaquina, a galega doida Lara Croft e a mulambo de estopa, Cocada.

sábado, 20 de novembro de 2010

MACKENZIE se mostrou homofóbico?

Nos últimos dias recebi diversos emails apaixonados de pessoas ora tacando o pau na Universidade Mackenzie ora pegando em armas para defender a honra da instituição.
O mais chato dessa história toda é que de um lado de outro o que mais tem é chato mal informado, com preguiça de gastar alguns neurônios analisando o caso antes de ficar repassando emails com brados CONTRA ou A FAVOR, fomentando um clima beligerante ainda maior sobre o assunto que por esses arroubos tem tudo prá dar em porcaria. (queria usar aquela palavra que começa com M).
Primeiro com toda a calma do mundo se fizermos uma análise fria nem a IPB, nem tampouco o Mackenzie, que é uma instituição da IPB, demonstraram em qualquer momento preconceito contra os homossexuais. O manifesto oficial da IPB e o pronunciamento do Rev. Augusus Nicodemus tratam exclusivamente da defesa do direito da igreja continuar podendo afirmar que homossexualismo é pecado diante de Deus.
Aqui cabe alguns comentários. 
  1. Precisamos entender é que religião é uma decisão pessoal, e que suas crenças também são individuais, e portanto mesmo do ponto de vista laico, estão ligadas a liberdade individual de expressão. E a constituição nos garante essa liberdade; 
  2. É fato de que em qualquer associação particular aqueles que fazem parte dela devem ter o direito de especificar normas, desde que objetivas, de quem pode ou não participar delas;
  3. Ainda mais, se faço parte de uma associação particular de pessoas e não concordo com o pensamento da maioria, tenho todo o direito de me retirar, no caso da igreja, se eu acredito que homofobia não é pecado, ao invés de tentar convencer por força de lei os outros, eu tenho todo o direito de sair e fundar minha própria igreja;
  4. Aos membros das igrejas cabe também o entendimento de que se Deus considera o homossexualismo pecado, Ele também considera da mesma forma pecado, a mentira, a corrupção, a sonegação de impostos, e por inferimento, ter emprego público e não trabalhar, se beneficiar de falcatruas, votar em corrupto etc. Do ponto de vista de Deus o homossexualismo não é um pecado maior do a mentira e o adultério;

Aos que me mandaram emails defendendo que seja feito um cordão e isolamento em torno do Mackenzie para proteger a instituição, eu lembro que isso é atribuição da polícia, e recomendo ainda que leiam o texto sobre o protesto publicado neste site http://atoantihomofobia.wordpress.com/.
Por outro lado textos como deste outro site http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/11606-palhacada-gay-contra-o-mackenzie.html em nada contribuem para um melhor esclarecimento do assunto.
Os moderados e esclarecidos dos dois lados têm que fazer valer sua capacidade de argumentação e tentar convencer os radicais dos dois lados de que a convivência deve ser respeitosa e pacífica, mesmo que não concordemos, fato que o atual governo tem feito tudo para radicalizar estas questões no nosso país.
Em tempo para que não paire dúvidas: Sou presbiteriano, acredito na palavra de Deus e ela me diz que homossexualismo é pecado, mas me ensinou também que o homossexual é uma pessoa como qualquer outra que carece do nosso apoio e do amor de Deus e que no momento em que o Espírito o libertar ele parará de pecar, porém antes disso a mim cabe conviver com ele e trata-lo com todo o respeito devido ao ser humanos, sem preconceitos.

Um comentário:

Verônica disse...

Interessante é pensarem que o que é pecado perante Deus deve ser mascarado pelo politicamente correto.
Lembremos que Deus abomina o pecado mas ama o pecador.
Devemos ter cuidado para não sermos intolerantes ao pecador, nem tão pouco,flexíveis em relação ao pecado, seja ele de qualquer natureza.