Um dia desses escrevi que o primeiro turno se desenvolvia focado em três candidatos que se destacavam. A criatura criada na imaginação do lulismo, a caricatura de nosferatu brasileiro, e Bety, a feia.
Pois é chegamos ao segundo turno desancando todas as previsões e desejos governamentais e institutos de pesquisa. Aliás nem vou falar destes que faz tempo não acertam uma.
E não é que o fiel da balança se tornou nossa querida Marina. Com seus quase 20 milhões de votos é quem pode ajudar a decidir o páreo entre o manequim de vitrine de Lula e a caricatura de Nosferatu.
O Brasil ainda está muito longe de aprender que devemos discutir propostas e votar de acordo com nossa consciência e não tratar nosso candidato como nosso time do coração e votar para ser o vencedor. Por isso nossa Bety, ficou pelo caminho.
Mas vamos ao segundo turno onde todos terão que cortejar justamente ela, Marina, aquela nossa amiga queridinha, simpática, inteligente, muito gente boa, mas que ninguém fica com ela. Mas os dois que sobraram tem que corteja-la. A ti Marina, não acho conveniente fazer-se de difícil, nem de se posicionar em cima do muro. Todos precisamos neste segundo turno, agora sim, decidirmos de forma plebiscitária o que queremos para este país. E é sobre como nunca antes neste país se correu tanto risco de votarmos no fim da ética que queria escrever.
Espero que os eleitores de Marina e ela própria se lembrem como foi tratada por esta invenção de Lula.
Não dá para não reconhecer que o país avançou em muitas questões sociais nos últimos anos. Mas também sabemos que muito do que aconteceu se deve a conseqüência do crescimento da economia mundial e não apenas a um milagre brasileiro. E neste momento também vender a idéia de que sem o PT tudo se acabará é apenas a cara de um farsante messianismo que só cabe no modelito de caudilho autoritário que nosso presidente gosta tanto de cultivar.
Lembremos alguns dos escândalos que estaremos aprovando ao votar na criatura, e que todos nunca antes nesse país tiveram um presidente tão disposto a abafar: José Dirceu e o mensalão em 2005; Antonio Palloci e a tentativa frustrada de incriminar o caseiro em 2006; Os aloprados do PT e a compra de um suposto dossiê com dinheiro público em 2006; Mentira sobre o uso dos cartões corporativos e violação do sigilo fiscal de dona Ruth Cardoso em 2008; Investigação ilegal e arapongagem explicita de adversários políticos do governo na operação Satiagraha em 2008; Interferência direta de Dilma na investigação da Receita Federal sobre a família Sarney em 2009.
O desrespeito do PT e seus membros as instituições é algo aterrador para quem tem consciência de como é importante um ambiente democrático.
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