Escrevi um primeiro post hoje sobre matéria no Portal Terra (aqui) onde trato e explico o que chamo de vigarice argumentativa.
Continuando o texto defendo o direito de qualquer um manifestar sua opinião, e defendo que há pelo menos indícios de possíveis fraudes das urnas eletrônicas, e mesmo que não haja nada, existe a desconfiança de possa haver.
Pois bem, foi encaminhado pelo PSDB um pedido para que seja feita uma auditoria nas urnas, choro de perdedor? Talvez. Mas o pedido é legítimo do ponto de vista democrático e do estado de direito.
O que soa estranho nessa história é o parecer contrário do PGR (aqui). Janot se declara contrário ao pedido. Nem discuto o fato dele ser contra, mas sim da argumentação usada.
Diz ele que o procedimento de auditoria não deve ser feito por não existir, segundo ele, indício nenhum. Pois bem, mesmo partindo dessa premissa de que não há forte indício porque não promover a auditoria? Toda empresa séria promove auditoria interna regularmente independente de indício ou não, até mesmo para evitar qualquer fraude. Auditoria visa transparência, e transparência sempre melhora a credibilidade.
Prossegue o PGR argumentando que é contrário a auditoria colocando assuntos que nada tem a ver com o tema tais como acirramento de discussão na Facebook, ou ainda posicionamento de "ódio", eu pessoalmente acho mais babaquice, entre Nordestinos e Sulistas.
Mas de todos os argumentos sofistas o que mais salta a vista é dizer que não havendo graves indícios e a não previsão em lei não deve ser feito. Quer dizer que se houvessem graves indícios e a não previsibilidade legal poderia? Caro procurador não sou legislador nem jurista, mas tenho inteligência para entender que o senhor deveria escolher um ou outro argumento. Usar os dois é sim um forte indício de uso sofístico de argumento em prol de ideologia não explicitada.
Por fim o traço ideológico do PGR exibe-se, porque todo sofista termina por se enredar e se entregar em seus próprios sofismas, ao criticar as manifestações e abaixo assinado pedindo investigação de fraude eleitoral no uso de dinheiro advindo do escândalo do Petrolão, esse nem mais negado pela própria Dilma, assunto esse que nada tem a ver com o pedido original do PSDB.
Continuo achando equivocada a norma que impede a impressão do voto. Sem essa de que a impressão poria em risco o sigilo do voto porque identificaria o voto de cada eleitor. Sou da área de TI e isso é mais um sofisma. Na verdade hoje já existe como identificar como cada um de nós votou, independente de imprimir o voto ou não. Mas a impressão permitiria sim um recontagem com lisura em caso de necessidade.
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