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Economista, Administrador, Analista de Sistemas e Pensador (forcei). Meu suporte está em Deus que me elegeu na eternidade como Seu filho sem nenhum mérito para mim, na minha esposa Verônica e meus filhos, os manos Accete, Raphael, Philipi e Victor. Amo a Deus sobre tudo. Mas não posso esquecer que sou Flamengo e tenho duas negas chamadas Penelope e Joaquina, a galega doida Lara Croft e a mulambo de estopa, Cocada.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tudo tem que ter um único dono.







O título deste artigo foi feito exatamente para chamar a atenção.

O assunto que quero abordar é relacionado a gestão. Podemos concluir  facilmente que tudo em nossas vidas é consequência de processos pelos quais passamos. Desde o nosso nascimento até nossa morte, e a depender de em que você acredita, pós vida ou pós morte se preferir, tudo é um processo que nada mais é do que o somatório de vários processos que por sua vez se desdobram em outro processos menores e por aí em diante.

Mas absolutamente tudo acontece em processos. Nossa criação é um processo acontecido em nosso lar, nossa formação acadêmica é um processo, nossa vida adulta, em família, vida profissional etc. Tudo são processos.

Notem que os mais confusos são sempre os processos onde há mais de um responsável pelo mesmo, nestes são onde acabam existindo mais conflitos.

Tudo bem que ao contrário do que o título sugere, alguns processos jamais terão um único dono. Nossa criação depende de nossos pais, ambos, e mesmo de outros entes próximos.

Mas quando pensamos em processos organizacionais é imprescindível que para uma gestão eficiente, todo e qualquer processo tenha um e que seja único dono do mesmo. Quando falamos de gestão de qualidade, inevitavelmente teremos gestão por processos e por resultados.

Quando falamos em dono do processo, ou se preferirem o termo responsável, não é necessariamente a pessoa que tudo fará acontecer, mas a pessoa na qual está a responsabilidade de tudo fazer acontecer. É importante ressaltar que no ambiente de empresas tende-se muito a confundir dono do processo com cargo, achando-se que o dono do processo deve ser sempre um gerente, um coordenador ou um encarregado. Engano perigoso esse.

O responsável sequer será obrigatoriamente o coordenador dos sub-processos envolvidos. O dono do processo é o gestor do mesmo. É ele quem cuida do ciclo de vida do mesmo e é responsável pelos resultados.

O dono do processo portanto não é o chefe da equipe, na verdade na maioria dos casos os processos envolvem várias equipes com seus vários chefes diferentes. Cabe aqui então perguntar qual o papel do dono do processo então:

v Primeiramente ele deve identificar quais os sub-processos  envolvidos e a quem cabe a responsabilidade pela qualidade e cumprimento dos prazos necessários; 

v É ele quem identifica as correlações dos sub-processos e identifica assim os riscos existentes; 

v Deve propor as ações necessárias para que os riscos sejam mitigados ao mesmo tempo que define as estratégias necessárias; 

v Esse dono do projeto é quem deve funcionar como interlocutor com o restante da organização em relação ao processo. Aqui cabe um comentário a mais. Em quase todas as organizações onde atuei, vi que uma das maiores fontes de stress e desperdício de tempo, ocorrem por não se ter, ou não se respeitar a figura do dono do processo. Discussões intermináveis e mal entendidos são muito comuns. Não apenas em empresas, mas mesmo em entidades religiosas notamos como as pessoas tem dificuldade de procurar o dono do processo para que o entendimento seja claro e único para toda a organização. 

v Ainda podemos listas como características desse dono do processo a condição de gerenciar capacidades, definir prazos e propor melhorias no processo, além de gerir a mudança.

Quais as características então que são essenciais para definirmos quem pode ser um dono de processo?

v Precisa conhecer o processo, desde a entrada da solicitação até a entrega do produto;

v Precisa conhecer quais os objetivos organizacionais e ter uma visão holística do negócio;

v Ter senioridade, autoridade em relação aos executantes. Não confundir aqui autoridade com chefia imediata;

v Saber negociar e influenciar as partes envolvidas.

v Deve ter uma boa capacidade de comunicação proporcional a abrangência do processo;


Há quem defenda a ideia que o processo pode ter como dono um grupo, até comungo da opinião que a responsabilidade solitária às vezes é pesada e arriscada demais, mas entendo que um grupo de apoio não elimina a figura do dono, mesmo que este tenha que compartilhar a responsabilidade e as decisões como o grupo.

Enquanto as organizações não entenderem que a hierarquia de responsabilidades sobre os processos deve ser respeitada e considerada em todas as situações continuaremos a ter eventos de by pass que só servem para desperdiçar recursos preciosos e escassos nas mesmas, gastos em inúmeras reuniões de esclarecimento, ao contrário, do que se tratado na formalidade não precisaria ser esclarecido.

Definição de Processo:

No campo da economia, o processo produtivo (mais conhecido como cadeia produtiva) implica a transformação de entradas (insumos) em saídas/produto final (bens e serviços), através do uso de recursos físicos, tecnológicos, humanos e outros.

Por outro lado, um processo de negócio é um conjunto de tarefas relacionadas de forma lógica, levadas a cabo para obter um resultado de negócio definido. Cada processo de negócio tem as suas entradas, funções e saídas. 


Alexandre Rocha Placido
Bacharel em Economia e Administração de Empresas
MBA em Gestão de Sistemas de Informação


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