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Economista, Administrador, Analista de Sistemas e Pensador (forcei). Meu suporte está em Deus que me elegeu na eternidade como Seu filho sem nenhum mérito para mim, na minha esposa Verônica e meus filhos, os manos Accete, Raphael, Philipi e Victor. Amo a Deus sobre tudo. Mas não posso esquecer que sou Flamengo e tenho duas negas chamadas Penelope e Joaquina, a galega doida Lara Croft e a mulambo de estopa, Cocada.

sábado, 14 de novembro de 2015

Sobre lama, privatização e estatais.




No primeiro momento sobre o acidente ocorrido na cidade de Mariana já surgiram vozes associando o acontecido ao fato da Vale do Rio Doce ter siso privatizada como sendo a causa a priori da tragédia. Claro que é apenas um argumento tolo de pessoas que teimam numa retórica estatizante e se sentem como ex rejeitado.

Primeiro que já temos cerca de 20 anos da privatização da Vale, segundo que nesse mesmo período a Petrobrás já teve mais acidentes graves que a Vale (veja aqui), mesmo sendo uma empresa estatal, o que na verdade também não quer dizer muita coisa.

Além disso o acidente ocorreu numa outra empresa na qual a Vale é acionista junto com a BHP Billiton e não em uma instalação da própria Vale do Rio do Doce.  Claro que o ataque imediato de alguns setores inclusive da imprensa a Vale do Rio Doce tem um viés muito mais ideológico do que racional.

Não quero, e nem faria isso, no entanto defender a isenção de responsabilidade da Vale, como acionistas tanto ela quanto a BHP Billiton têm responsabilidade civil e criminal de acordo com as leis brasileiras sobre o ocorrido e devem responder séria e gravemente por isso.

Mas outros responsáveis por isso não podem e não devem ser esquecidos, entre eles o poder público que não cumpriu sua parte do trabalho de prevenção. Depois do ocorrido é muito fácil vir, nem tão rapidamente a público, dona Dilma nossa presidente levou uma semana para tomar conhecimento do assunto, falar em multas de bilhões sem que sequer a justiça tenha sido movimentada. O que quase ninguém aborda é por que a fiscalização não se fazia presente há bastante tempo? Por que laudos de alguns anos atrás com identificação de problemas não foram acompanhados na execução dos atos de correção e prevenção? Será porque indistintamente os governos mineiros são dependentes dos recursos de impostos e doações de campanha das mineradoras.

Se buscarmos na internet não faltam informes sobre outros abusos em Minas Gerais.

Não adianta agora vir presidente, governador, ministério público, ibama posarem de bonzinhos, revoltados tentando eximirem-se de responsabilidade pelas mortes e pelo irrecuperável prejuízo de todas aquelas famílias que perderam pessoas queridas ou os poucos bens de uma vida.

O problema está longe de ser a privatização da Vale, mas está muito perto do nosso capitalismo de estado onde empresas e governos se locupletam sempre se omitindo naquilo que não lhes trás ganho pessoal e pesando apenas em como ter mais lucro sem a menor responsabilidade e como obter mais impostos sem se importar muito como.

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