É sempre curioso ver pessoas que,
como diziam os antigos, mal tinham saído dos cueiros, falando e comparando as
manifestações atuais, dizendo que as de hoje não envolvem povo, e ao mesmo
tempo se referindo às da época de Collor como de fato manifestações populares.
Meus menininhos, se você tem menos de 35 anos fala do que ouviu falar e não do
que viu e vivenciou.
Nem o chamado “povão” vai às ruas
hoje, nem foi naquela época, e quase nunca vai, não só aqui, mas em lugar
nenhum do mundo. Na década de 90 não houve nenhum grande clamor popular, e sim,
notem que não estou dizendo que Collor merecia ou não merecia sair, estou
relatando o que houve apenas. O que ocorreu naquela época foi o aproveitamento
de uma oportunidade de entidades de classe como OAB, UNE, Sindicatos,
extremamente magoados e frustrados pela derrota de Lula nas urnas mobilizando
suas militâncias, e mesmo assim algo só começou a tomar corpo depois de a Globo,
tão odiada pelos defensores da nova esquerda, começou a propagar a ideia em consequência
da GlobSat, de Robert Marinho, perder uma licitação da área de telefonia da
qual participava junto a um consórcio contra Matias Machline da Sharp que
estava em outro consórcio, até este momento a Globo ignorava o início do
movimento.
O que torna essa manifestação de
hoje e as que já ocorreram antes este ano mais significativas é que elas são
movidas por interesse das próprias pessoas que participam, não existe sequer um
grande dos chamados “movimentos sociais” envolvidos, pelo contrário OAB, UNE e
sindicatos se manifestam claramente contra as manifestações, todos estes
movimentos frustrados por verem sua ideologia ruir.
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