Um dias desses em mais um embarque no aeroporto me deparei com uma cena recorrente. A atendente da companhia aérea chama para o embarque os passageiros e como de costume, as prioridades tem por assim dizer, prioridade no embarque.
Passam os idosos, os adultos com crianças, os demais com algum tipo de dificuldade de locomoção, sei o que é isso pois já fiquei quatro meses como cadeirante e mais quatro como muletante.
Mal esse pessoal começa a caminhada pelo portão de embarque, o que em alguns aeroportos como o de Recife, podem se assemelhar a uma meia maratona, até chegar a porta da aeronave, a atendente começa a liberar o restante do pessoal.
Fiquem observando que sempre tem os ligerinhos. Aqueles que saem depois e chegam sempre antes. Ultrapassam idosos, crianças e saiam da frente porque alguns até atropelam as prioridades.
Fico me perguntando se esse pessoal acha que as prioridades não deveriam ter, por assim dizer, prioridade, ou eles acham-se mais espertos por passarem na frente dos demais.
Ora, se as pessoas com maior dificuldade de locomoção e acomodação são chamados antes, é porque eles precisam chegar antes na aeronave, sem serem empurrados e pressionados pelos demais, para que possam receber ajuda dos comissários.
Somos de fato um povo na sua maioria de mal educados. Não tenho muitas dúvidas que esses mesmos ligerinhos, são os que param em cima das faixas de pedestres, avançam sinais e costuram tresloucadamente no transito. Furam filas, se aproveitam de tudo.
Existe uma lógica do embarque ser segmentado, e não se engane, o avião só vai decolar quanto todos embarcarem, por mais ligerinho que voce seja.
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