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Economista, Administrador, Analista de Sistemas e Pensador (forcei). Meu suporte está em Deus que me elegeu na eternidade como Seu filho sem nenhum mérito para mim, na minha esposa Verônica e meus filhos, os manos Accete, Raphael, Philipi e Victor. Amo a Deus sobre tudo. Mas não posso esquecer que sou Flamengo e tenho duas negas chamadas Penelope e Joaquina, a galega doida Lara Croft e a mulambo de estopa, Cocada.

terça-feira, 17 de março de 2015

Porque defendo o Voto Distrital




Escrevo este post em resposta a um comentário de um amigo no Facebook.

Voce - Mais de 90% eleitos sem votação própria? Cêtáloko?! Essa foi a estatística mais alterada que já vi essa semana. O cara recebe 10.000 votos, mas se 1 voto da legenda recai sobre ele, entra nesses 90%.

Não vou entrar no mérito dos 90%, mas é inegável que hoje temos no Congresso uma grande bancada de sem votos, e de outros que até tem votos hoje, mas no passado entraram a reboque. Pegue-se o caso de Tiririca na sua primeira eleição levou com ele mais 4. Lembra do Enéas, levou 5 com ele. Na última eleição em Alagoas, dos Deputados Federais, quase a metade entrou sem ter sido mais votado. Porque os partidos adotam, Tiriricas, Romários, Enéas? Porque eles sabem que se beneficiarão disso. Outra coisa é que no Senado, quase a metade dos Senadores é de suplentes, mesmo sendo uma eleição majoritária.

Voce - Aí no voto distrital teríamos, agora sem margem de dúvida, os candidatos, por exemplo, do vale do reginaldo (financiados pelo tráfico) e o controle inverso (para saber se os eleitores votaram neles ficaria ainda mais fácil).

Inicialmente sobre eleger deputados do tráfico ou do crime organizado acho que a questão pouco tem a ver com voto distrital ou proporcional e sim com ausência de estado social, fraude e dinheiro. Vide o caso do Rio de Janeiro, onde existem deputados conhecidamente ligados às milícias e ao narcotráfico. Por outro lado a principal situação hoje que poderia ser combatida pelo voto distrital é o abuso do poder econômico. Como? Nem sei se o vale do Reginaldo teria votos suficientes para eleger um representante sozinho. Também não sei exatamente onde começa e onde termina o vale do Reginaldo, já que ele vai do poço até a divisão Gruta / Serraria. E vou usa-los apenas como referencia porque você usou, mas acho algo preconceituosa a referencia. Mas voltando a questão do poder econômico. Imagine um candidato que precise falar para 2 milhões de pessoas, numa conta simples, um santinho a R$ 0,50 gera um custo de R$ 1 milhão, além dos custos de transporte e distribuição. Logo, é fácil deduzir que para se tornar conhecido um candidato vai ter que gastar alguns milhões. Bem vejamos no caso do voto distrital, imagine que o distrito em Alagoas seja algo em torno de 220 mil eleitores, falando em Deputado Federal, seguindo a mesma lógica anterior teríamos em torno de R$ 110 mil ou quase dez vezes menos. Não é difícil entender que na verdade é bem mais fácil você atingir um pequeno público do que o grande público. Tenha certeza que uma campanha distrital seria pelo menos 20 vezes mais barata que é hoje uma eleição proporcional.

Voce - Comunicação entre você e o partido? Você já tentou ser ouvido?

Comparar uma situação atual com uma ainda não tentada é um argumento falso. O que se pensa no voto distrital é exatamente que a proximidade entre candidato eleito e comunidade facilite o entendimento do eleitor sobre as obrigações do seu candidato eleito. Claro que isso não se dará como um passo de mágica, mas numa operação a longo prazo. Notemos que o atual modelo proporcional já perdura por quase 5 décadas e foi um modelo adotado pelo regime militar porque favorecia diretamente a ARENA.

Voce - É risível, meu caro. Campanhas mais baratas? Balela! o dinheiro apenas seria destinado pra outros meios, muitas vezes ilícitos.

Acho que já expliquei acima essa questão, mas gostaria de reforçar que com campanhas mais baratas pessoas “mais” honestas poderiam se candidatar. Líderes comunitários de verdade, não pelegos, professores, gente de fato interessada em melhorar as coisas.

Voce - Memória eleitoral? Pare de se iludir. Quem tem memória somos eu, você, alguns aqui...

De fato nos falta memória, muito porque nem lembramos quem elegemos, mas mais uma vez você usa um argumento do quadro atual para projetar o quadro da mudança sugerida.

Voce - O que tem de haver é a reciclagem da população. CONSCIENTIZAÇÃO séria e inteligente. Oriunda de um processo gradual e persistente.

Pois a mudança sugerida é exatamente um passo de aperfeiçoamento nesse processo educacional da população.

Voce - Cara... Divaguei um pouco, mas... Em suma, #EuNÃOvotodistrital pelas razões expostas e mais uma série de outras que posso passar uma tarde discutindo.

Como uma pessoa afeita ao diálogo gostaria muito de ouvir razões concretas contra a ideia do Voto Distrital. Não argumentos no estilo não adianta mudar nada porque nada mudará.

Não acho que o voto distrital seja A SOLUÇÃO. Apenas é mais uma peça de um quebra-cabeça complexo, onde listo outras coisas como fim de coligações, transparência nas doações de campanha, fim de suplência, fim da reeleição por exemplo.

Voce - Precisamos de mudança? SIM. Mudança no espírito popular. A reciclagem da população deve acontecer antes mesmo da reciclagem dos políticos. As discussões no palanque têm que ser mais inteligentes e a população, para isso, deve estar apta a cobrar.  Como isso será feito? Não sei. Ainda não me sobreveio uma ideia digna de ser espalhada. 

Por minha vez sinto a necessidade de mudança, e acho improdutivo esperar que ela surja do nada como um Pentecostes de consciência crítica na população. Entendo que pessoas mais esclarecidas debatendo ideias e lutando por pequenas mudanças conseguirão a longo prazo grande mudanças.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Os Sapientis que pairam acima de todos os demais com seu saber





Me divirto com esse pessoal da área jurídica, muitas vezes tentando demonstrar uma SABER SUPERIOR, ao falar do que vivemos hoje, questionando a ideia da formação de quadrilha, da não existência de fato contra a presidente, considerando apenas os primeiros cem dias deste mandato, ou ainda questionando a falta de uma prova segundo eles contundente que envolva a presidente.

Com pouco SABER JURÍDICO, mas com RAZOÁVEL INTELIGÊNCIA e SENSO DO QUE É CERTO E ERRADO queria ponderar que:

1. Formação de Quadrilha

Existem diversos depoimentos e outros elementos que demonstram a organização e o longo tempo de execução do crime de forma continua. Imaginar que isso não é crime organizado é o mesmo que achar que a máfia se trata apenas de um bando de ladrões cooperativados.

2. Impedimento

Sobre existirem elementos para o impedimento da presidente, reconheço que é mais complexo, mas vamos considerar que pegando os Estados Unidos e outros países com mais seriedade, vemos inúmeros casos de renúncia apenas pela suspeita de algo errado. 

Podemos considerar ainda que em tempo recente o presidente americano Bill Clinton quase perde o mandato porque mentiu sobre um caso pessoal, o ato sexual com a estagiária. Nixon foi obrigado a renunciar por espionagem e mais uma vez mentira.

Se o grau de mentiras proferidas por Dilma não for algo a ser considerado, não sei em que devemos crer. Mas, se acharem ainda pouco, temos inúmeros casos de prefeitos e veradores que perderam seus mandatos por irregularidades em suas campanhas. Em que a presidente é melhor do que eles, já que está por demais comprovadas irregularidades em sua campanha?

E ainda, temos o caso de Collor que foi defenestrado do cargo de presidente por se supor que ele sabia o que o Paulo Cesar Farias teria feito. É duro imaginar que um presidente da república veja seu partido desviar tanto dinheiro de uma empresa onde ela era presidente do conselho de administração e não saiba de nada. Mas mesmo que voce queria acreditar nisso, pediria que me mostrasse uma palavra, uma só, dela condenando as pessoas de seu partido que já foram inclusive condenadas por corrupção.

Portanto seu juridiquês apenas revela ou sua tentativa de pairar acima da realidade ou mais uma forma de defender de maneira envergonhada uma ideologia.

Dilma de esconde



E a presidente não teve coragem de por a cara a tapa ontem a noite e escalou dois porquinhos para defender o PT. A mulher de ferro do PT enferrujou e se escondeu.



Cardozo e Rosseto foram a TV oferecer mais do mesmo: Nós estamos certos, a culpa é da crise internacional, foram apenas eleitores da oposição que não se conformam com o resultado e a solução de tudo é um reforma política. E claro a promessa que já dura 6 anos que combateremos a corrupção.



Vamos aos fatos. O PT não quer e acho até que já perdeu o bonde da história para fazer um mea culpa e retomar um pouco da sua reputação. 



A proposta do combate a corrupção, parece aquela ideia que colocar a estrela do sheriff no bandido vai resolver o problema da criminalidade.



E a tal reforma política bate sempre na ideia do financiamento público de campanha, ora vejamos, o problema não é o dinheiro doado oficialmente, até acho que pode-se impor limites mais rígidos dos que os que já existem, mas de fato o problema é a corrupção mesmo e as doações por fora, e só um combate verdadeiro pode inibir o caixa 2.


Mas a entrevista ainda tem um momento interessante quando Cardozo diz que entende a insatisfação do povo e o Rosseto depois diz que a manifestação demonstra apenas chateação dos não eleitores de Dilma. Os caras estão tão perdidos que nem conseguem mais combinar um discurso.