Semana passada estive em Recife e dois fatos me chamaram a
atenção. Ambos quando peguei uma corrida de taxi.
A primeira experiência foi bem legal e está descrita aqui, e
trata de futebol.
A segunda revoltante trata de política e corrupção.
Após um dia de trabalho de quase 11 horas pego um taxi para
me dirigir ao hotel, no rádio era um programa de notícias, o locutor fala de
uma notícia quem o governador eleito, Paulo Campos, garante a conclusão do
alguma ação governamental, nem estava prestando atenção devido ao cansaço, mas
um comentário do motorista reativou meu raciocínio.
Disse o motorista:
-
Vai fazer nada, é só conversa, fala mal da
presidenta (!?), todo mundo rouba, mas pelo menos esse governo faz algo pelo
pobre.
Pensei em argumentar, mas a idade, e o cansaço me fizeram
ver a inutilidade de replicar frase tão imbecil. Sim é imbecil mesmo que seja
fruto de uma falta de cultura, estudo, raciocínio e ou visão mínima do que a
corrupção gera.
Mas como disse meu raciocínio foi ativado e me imaginei no
seguinte diálogo com ele imediatamente:
- - Quanto deu a corrida? – Pergunto eu ao final do
trajeto
- - Dez reais.
- - Tome aqui.
- - Mas aqui só tem seis reais.
- - Sim, mas é isso mesmo.
- - Como assim?
- - Vou reter os outros quatro reais.
- - Porque?
- - Precisamos reter parte do seu trabalho como
imposto.
- - Mas ...
- - Imposto é imposto.
- - E o que vai fazer com meu dinheiro.
- - Bem, precisarei gastar um real e cinquenta centavos com a administração do recurso. Iremos gastar um
real com dois band aids.
- - Putz, isso tudo?
- - Claro tem a comissão.
- - E os outros R$ 1,50.
- - Bem vamos dar R$ 0,25 aqueles dois meninos ali
lavando para-brisas dos carros para que ele não os lavem mais.
- - E real que sobra.
- - Bem esse fica no nosso bolso.
- - MAS ISSO É ROUBO.
- - Tudo bem, mas fiz alguma coisa, e tenha uma boa
noite.
A melhor frase que ouvi nessa eleição foi:
“O brasileiro não reclama dos corruptos porque sabe que se
estivesse lá no lugar dele faria a mesma coisa.”