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Economista, Administrador, Analista de Sistemas e Pensador (forcei). Meu suporte está em Deus que me elegeu na eternidade como Seu filho sem nenhum mérito para mim, na minha esposa Verônica e meus filhos, os manos Accete, Raphael, Philipi e Victor. Amo a Deus sobre tudo. Mas não posso esquecer que sou Flamengo e tenho duas negas chamadas Penelope e Joaquina, a galega doida Lara Croft e a mulambo de estopa, Cocada.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

ROUBA MAS FAZ? VOCE É UMA BESTA MAS NÃO SABE.


Semana passada estive em Recife e dois fatos me chamaram a atenção. Ambos quando peguei uma corrida de taxi.

A primeira experiência foi bem legal e está descrita aqui, e trata de futebol. 

A segunda revoltante trata de política e corrupção.

Após um dia de trabalho de quase 11 horas pego um taxi para me dirigir ao hotel, no rádio era um programa de notícias, o locutor fala de uma notícia quem o governador eleito, Paulo Campos, garante a conclusão do alguma ação governamental, nem estava prestando atenção devido ao cansaço, mas um comentário do motorista reativou meu raciocínio.

Disse o motorista:

-       Vai fazer nada, é só conversa, fala mal da presidenta (!?), todo mundo rouba, mas pelo menos esse governo faz algo pelo pobre.

Pensei em argumentar, mas a idade, e o cansaço me fizeram ver a inutilidade de replicar frase tão imbecil. Sim é imbecil mesmo que seja fruto de uma falta de cultura, estudo, raciocínio e ou visão mínima do que a corrupção gera.

Mas como disse meu raciocínio foi ativado e me imaginei no seguinte diálogo com ele imediatamente:

-       - Quanto deu a corrida? – Pergunto eu ao final do trajeto
-       - Dez reais.
-      -  Tome aqui.
-       Mas aqui só tem seis reais.
-       Sim, mas é isso mesmo.
-       Como assim?
-       Vou reter os outros quatro reais.
-       Porque?
-       Precisamos reter parte do seu trabalho como imposto.
-       Mas ...
-       Imposto é imposto.
-       E o que vai fazer com meu dinheiro.
-     Bem, precisarei gastar um real e cinquenta  centavos com a  administração do recurso. Iremos gastar um real com dois band aids.
-       Putz, isso tudo?
-       Claro tem a comissão.
-       E os outros R$ 1,50.
-       Bem vamos dar R$ 0,25 aqueles dois meninos ali lavando para-brisas dos carros para que ele não os lavem mais.
-       E real que sobra.
-       Bem esse fica no nosso bolso.
-       MAS ISSO É ROUBO.
-       Tudo bem, mas fiz alguma coisa, e tenha uma boa noite.

A melhor frase que ouvi nessa eleição foi:


“O brasileiro não reclama dos corruptos porque sabe que se estivesse lá no lugar dele faria a mesma coisa.”

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Pitágoras, Sofisma e a Vigarice Argumentativa - II



Escrevi um primeiro post hoje sobre matéria no Portal Terra (aqui) onde trato e explico o que chamo de vigarice argumentativa.

Continuando o texto defendo o direito de qualquer um manifestar sua opinião, e defendo que há pelo menos indícios de possíveis fraudes das urnas eletrônicas, e mesmo que não haja nada, existe a desconfiança de possa haver.

Pois bem, foi encaminhado pelo PSDB um pedido para que seja feita uma auditoria nas urnas, choro de perdedor? Talvez. Mas o pedido é legítimo do ponto de vista democrático e do estado de direito.

O que soa estranho nessa história é o parecer contrário do PGR (aqui). Janot se declara contrário ao pedido. Nem discuto o fato dele ser contra, mas sim da argumentação usada.

Diz ele que o procedimento de auditoria não deve ser feito por não existir, segundo ele, indício nenhum. Pois bem, mesmo partindo dessa premissa de que não há forte indício porque não promover a auditoria? Toda empresa séria promove auditoria interna regularmente independente de indício ou não, até mesmo para evitar qualquer fraude. Auditoria visa transparência, e transparência sempre melhora a credibilidade.

Prossegue o PGR argumentando que é contrário a auditoria colocando assuntos que nada tem a ver com o tema tais como acirramento de discussão na Facebook, ou ainda posicionamento de "ódio", eu pessoalmente acho mais babaquice, entre Nordestinos e Sulistas.

Mas de todos os argumentos sofistas o que mais salta a vista é dizer que não havendo graves indícios e a não previsão em lei não deve ser feito. Quer dizer que se houvessem graves indícios e a não previsibilidade legal poderia? Caro procurador não sou legislador nem jurista, mas tenho inteligência para entender que o senhor deveria escolher um ou outro argumento. Usar os dois é sim um forte indício de uso sofístico de argumento em prol de ideologia não explicitada.

Por fim o traço ideológico do PGR exibe-se, porque todo sofista termina por se enredar e se entregar em seus próprios sofismas, ao criticar as manifestações e abaixo assinado pedindo investigação de fraude eleitoral no uso de dinheiro advindo do escândalo do Petrolão, esse nem mais negado pela própria Dilma, assunto esse que nada tem a ver com o pedido original do PSDB.

Continuo achando equivocada a norma que impede a impressão do voto. Sem essa de que a impressão poria em risco o sigilo do voto porque identificaria o voto de cada eleitor. Sou da área de TI e isso é mais um sofisma. Na verdade hoje já existe como identificar como cada um de nós votou, independente de imprimir o voto ou não. Mas a impressão permitiria sim um recontagem com lisura em caso de necessidade.




Pitágoras, Sofisma e a Vigarice Argumentativa - I


Uma das coisas mais irritantes no diálogo é o que chamo de vigarice argumentativa. Argumentos sofísticos são por demais tediosos. Sempre fui um adepto do pensamento aberto e verdadeiro. Diga exatamente o que pensa, sem rodeios e isso torna a convivência bem mais fácil, e é claro esteja aberto a ouvir o que outro de fato pensa.

Mas diversos setores, a sua maioria na verdade, usa e abusa do sofismo para defender teses exdrúxulas, tentando mascarar o que de fato defendem.

Hoje me deparei com duas matérias que me chamaram a atenção. A primeira, uma simulação de notícia no portal Terra (pode ser lido aqui) tratando como seria a situação dos protestos deste fim de semana sob um regime ditatorial.

Ao incauto pode parecer uma boa matéria, porém lendo com mais cuidado vemos o gene do sofisma espalhado pelo texto. De cara a premissa adotada por Elisa Feres e Wagner Machado do portal Terra é falsa ao imputar ao protesto o sentido de pedido de volta da ditadura. Nada mais falso. Certamente no meio deveriam ter várias pessoas com esse pensamento mas a esmagadora maioria protestava contra a ideia de termos um governo cujo a mandatária está envolvida até o pescoço, pelo menos até onde qualquer pessoa com o mínimo de senso e honestidade enxerga, num lamaçal de corrupção. A esmagadora maioria das vozes pedia que a investigação seja levada a sério e de forma cabal o que inevitavelmente implicará no impeachment de Dilma. Se alguém tiver um post de Lobão e ou Bolsonaro pedindo a volta da ditadura me apresente, mas até hoje não os vi, nenhum dos dois defendendo tal coisa.

E porque eles provavelmente adotam essa vigarice? Porque não são verdadeiros o suficiente para adotar o discurso da vitimização e a consequente ideia de quem sofreu por algo tem agora todo o direito de agir errado em nome das "boas intenções". 

Não discuto a escolha democrática do governante, isso ocorreu , até que se prove o contrário, no entanto defendo a auditoria das urnas até como mecanismo de transparência, mas trato isso no próximo post, porém mesmo eleita democraticamente ela não está imune a um processo de corrupção, mesmo porque o número de eleitores foi menos de 40% do eleitorado, o que demonstra que a maioria da população não está de acordo. E da mesma forma que muitos apoiaram tempos atrás as manifestações contra Collor e mesmo a balbúrdia do ano passado há de se reconhecer o direito de quem não concorda com o momento atual em protestar.

Por fim uma pesquisa rápida na web mostra o perfil de esquerda engajada nos textos e posts da dupla que assina esse texto no portal Terra.


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Quero uma ditadura para chamar de minha.







Sou mais velho que a maioria que posta coisas na web mas mesmo assim não vivi a ditadura no seu início, apenas a derrocada dela no fim da década de 70 quando comecei a me entender como gente, como diziam os antigos, rio um pouco de neguinho com menos de 60 anos que se arvora em alto conhecedor daqueles anos. O que sei é o que li a respeito. 

Li tanto BRASIL NUNCA MAIS como BRASIL SEMPRE.










Sempre me interessei em ler os dois lados. E uma coisa clara é que naquele momento se decidia por duas ditaduras, nem uma delas boa. As duas teriam viés sangrento e as duas não durariam muito. Acho impossível julgar qual seria melhor.

Isso em nada diminui o que foi feito de errado, mesmo porque o golpe dentro do golpe de 1968 que levou Costa e Silva ao lugar de Castelo Branco mudou o rumo das coisas. É importante notar que em 1968 Castelo Branco era da ala que defendia o retorno da DEMOCRACIA.

Mas o que gostaria mesmo de abordar é a hipocrisia recorrente de boa parte dos que combatem as manifestações contra Dilma e o PT sobre valorizando os parcos cartazes pedindo a volta dos militares.

Não me recordo de nenhum desses levantando qualquer voz para criticar a ditadura cubana, venezuelana. Criticar ditaduras africanas apoiadas por este governo. 

Falta o mínimo de coerência desse pessoal. Defender suas ideias usando o esmagamento da oposição pelo estado pode, mas se for ao contrário dão piti. 

Posso até ter deixado de ter alguns contatos durante esse ano, mas uma coisa não deixo, ter coerência e princípios em qualquer situação.

Era muito pequeno, mas teria a mesma coerência em lutar contra qualquer ditadura ao mesmo tempo que tenho coragem de lutar contra qualquer tipo de terrorismo.