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Economista, Administrador, Analista de Sistemas e Pensador (forcei). Meu suporte está em Deus que me elegeu na eternidade como Seu filho sem nenhum mérito para mim, na minha esposa Verônica e meus filhos, os manos Accete, Raphael, Philipi e Victor. Amo a Deus sobre tudo. Mas não posso esquecer que sou Flamengo e tenho duas negas chamadas Penelope e Joaquina, a galega doida Lara Croft e a mulambo de estopa, Cocada.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

LENGA LENGA JORNALÍSTICA





Lembro que há não muito tempo atrás houve um movimento por parte dos sindicatos de jornalistas para que a profissão só pudesse ser exercida por portadores de diploma de jornalismo.

Não vou entrar nessa discussão, mas nunca me convenceram que para escrever bem, precisa-se de diploma.

O que quero relatar aqui é baixíssima qualidade de boa parte dos jornalistas, sobretudo os de TVs. Com ou sem diploma. 

Nos dois canais de notícias que assisto, BandNews e GloboNews, tem uma penca de bons jornalistas, mas também tem uma penca de péssimos profissionais, pelo menos no que fazem, apresentar o programa. Na Band tem um tal de Christiano Blota que atrapalha toda manhã o canal da notícia. E na Globo tem mais algumas figuras que sabe-se lá porque tem tanto prestígio. Ouvir Leilane Neubarth e Monica Waldivogel é torturante para pessoas inteligentes.

Para piorar tem sido apresentado cada vez mais um jornalismo ideológico. Não sou dos ingenuos que acreditam em imprensa imparcial. Nunca é. Nunca foi. E nunca será. Toda e qualquer opinião é impregnada de pré-conceitos de acordo com aquilo que acreditamos. Opinião isenta é conto da carochinha. Nem um relato de fato, por mais frio que seja, escapa a ideologia impregnada em nosso ser.

Mas daí a torcer e distorcer absurdamente fatos e inventar conceitos e definições é um abismo.

Chegando finalmente ao que me motivou a escrever esse post, tem sido torturante ouvir diariamente: "A manifestação começou pacífica e depois uma minoria de vândalos atacou isso ou aquilo".

Primeira pergunta que faço. Quantas vezes voces já viram uma manifestação já começar violenta? Pelo menos do ponto de vista de quebra-quebra. Estou violentando minha consciência ao admitir  mesmo que apenas para enfatizar a retórica, que fechar ruas, invadir prédios, outras propriedades são atos pacíficos. Mas voltando, respondam quantas vezes voces de fato já ouviram falar de manifestações que já começam violentas?

Segunda pergunta. Quantas vezes voces veem de fato todos os manifestantes se envolverem no quebra-quebra? Quase sempre é apenas uma parte dos manifestantes. Uma outra coisa é que uma, duas, tres pessoas são seres inteligentes e racionais. Os seres humanos no meio das multidões são sempre bucéfalos. E manda quando estoura ninguém controla.

Terceira pergunta. Porque será que sempre se coloca na conta da polícia o estopim da ira. Qualquer um que se dê ao trabalho de ler, parece que ler não tem feito parte do trabalho de muitos jornalistas, encontrará nos manuais de manifestos de movimentos populares indicações de que provocar o órgão repressor, e aqui uso a palavra no seu significado correto e não ná ideia malévola que os aparelhos "sociais(!?)" querem dar. é uma maneira de chamar a atenção para o ato, tornando-o radical e assim chamando atenção de todos.

Alguém de fato dá bola para aquelas marchas silenciosas de parentes de vítimas de violência? Voce respondeu que sim. Qual foi a última que voce de fato lembra?

Toda manifestação tenderá a descambar para atos violentos, se não tiver uma dessas coisas. Repressão, foco e ou uma liderança forte. No meio das manifestações existem bandidos? Claro que sim. Assim como existem nas torcidas organizadas, nos blocos que seguem trios elétricos e no Reveillon de Copacabana. A diferença é que nesses últimos uma boa parte do grupo está lá apenas para se divertir e não irados com uma classe política dominante que vem espoliando a população a muito tempo.

Não vi a tropa de choque no Brasil fazer algo muito diferente do que acontece em todos os países em situações similares. Falo dos democráticos, porque nos governados por ditadores comunistas ou não, resolve-se mandando abrir fogo ou passar o tanque por cima.

Não sou contra manifestações, muito pelo contrário. Mas já estou de saco cheio dessa cobertura ideologizada e tendenciosa, com uso de clichês tolos e mal intencionados. 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Antigamente diríamos manda para o PINEL





Estou numa dúvida tremenda se Dilminha surtou de vez, ou simplesmente sua alienação do mundo real chegou ao ápice.

A quantidade de ideias esdrúxulas que tem saído daquela cabeça tratada a mais de R$ 3 mil por maquiagem, está tão, mas tão grande, que talvez o produto de fixação de seus cabelos esteja afetando o único neurônio ainda atuante.

Além da nossa presidente viver alienada da realidade do país, depois do sacode da vaia no Mané Garrincha ela surtou, só pode.

Primeiro foram os seis mil médicos importados, depois o plebiscito e agora o trabalho compulsório de recém-formados. Nem Cesar Maia em seu auge da loucura concebeu tantos factoides imbecis.

Dos primeiros já se falou muito, mas desse último mais recente queria tecer algumas considerações, mesmo que ache que vai dar em nada como os anteriores, se não for derrubado no congresso certamente o será no STF.

Primeiro absurdo da ideia está no fato de estabelecer que a população mais carente, aquela que mais sofre com a falta de atendimento é um cidadão fisicamente, medicamente diferente do restante da população. Porque uma parte da população precisa de medicina completa, com especialistas, exames, cirurgias, internações, e esses menos afortunados precisam apenas de clínicos recém-formados que não terão sequer material médico, nem tampouco como ter realizar um exame complementar para diagnóstico de seus pacientes, e se descobrirem que precisam de um internamento o farão onde? Uma medida para chamar a atenção, num ato de desespero eleitoral, porém recheada de uma irresponsabilidade sem tamanho. Imagine um recém-formado em Pernambuco por exemplo, sendo obrigado a cumprir dois anos de serviços forçados na Amazônia, sem apoio, sem parentes, sem estrutura e sem apoio operacional de técnicos da área. Porque nossos compatriotas dos bolsões mais pobres do Brasil merecem um atendimento de segunda classe?

A iniciativa é arbitrária. Porque só os médicos? Porque não os advogados? Engenheiros, professores? Porque não técnicos em eletrônica? E porque não obrigar os políticos a primeiro serem barnabés de repartição, e só poderem ser presidentes depois de terem sido, vereadores, prefeitos, deputados, senadores? Qual a justificativa para essa obrigação? Ensino não é. Temos Universidades Federais com cursos de Medicina, onde faltam professores, laboratórios e mesmo cadáveres para as aulas de anatomia. Voce gostaria de ser cirurgiado por um médico que só abriu pessoas virtualmente? Pois é isso que o governo tem feito, aberto várias universidades federais sem oferecer estrutura de funcionamento para as mesmas.

Além das duas razões anteriores, essa ideia é autoritária. Primeiro se propõe a mexer na matriz curricular de todas as faculdades de medicina o que é uma atribuição do Ministério da Educação em consonância com o Conselho Federal de Medicina. Outrossim, as faculdades privadas são sustentadas pelas mensalidades daqueles que a cursam, e as universidades federais são autônomas quer como autarquias ou enquanto fundações e tem poder para definir suas grades curriculares. A imposição de um novo estágio, notem que os estudantes de medicina já são obrigados a cumprir horas de estágio atualmente, é totalmente autoritária. Primeiro porque obriga pessoas ao cumprimento de serviço civil similar ao serviço militar obrigatório. Considerando que não haverá vagas para todos, criar-se-á a indústria da dispensa de serviço como todos sabem existe no serviço militar. Ainda, mesmo que entendêssemos essa medida como útil, ela só traria alguma alteração em 2021, já que só vale para os ingressos em 2015, e medicina é um curso de 6 anos. Há até quem defenda a ideia: “Voce estudou de graça então que devolver em serviço ao governo.” Mas mesmo essa ideia é um tanto quanto estapafúrdia. Uma porque coloca na mesma situação alunos de escolas particulares nos quais o governo não teve nenhum custo de formação. Duas, porque seguindo esse raciocínio, seria mais útil tornar as universidades federais pagas, e usar o dinheiro gasto nelas para criar condições de atuação dos médicos na chamada periferia da nação. Se houver condições de trabalho e remuneração digna não faltarão candidatos.

Talvez nesse surto neo autoritário de Dilma ela esteja vivendo em um universo paralelo no qual o VAR-Palmares tenha vencido na década de 70 e ela tenha sido escolhida a grande líder da nação. Mas se ela acordar desse pesadelo que nos impõe ela verá que aqui o barbudo que lhe criou não transformou o Brasil numa Cuba, onde seus ídolos, fizeram o que bem entenderam, e continuam fazendo, a despeito da população de verdade.

Reproduzo algumas colocações de fala do presidente do CFM, Roberto Luiz D'Ávila:

É muito mais fácil do que investir realmente em saúde e CRIA CONDIÇÕES — inclusive infraestrutura — para que, ESPONTANEAMENTE, como deve ocorrer em democracias e em economias de mercado, os jovens formandos aceitem trabalhar em localidades carentes.

O problema é que o governo não tem capacidade, competência nem coragem para enfrentar a realidade que vivem os médicos contratados por prefeituras pelo país afora: sem equipamento mínimo, sem ambulâncias, sem contrato digno de trabalho, sem garantias trabalhistas essenciais, à mercê da politicagem partidária e, com enorme frequência, levando calotes dos prefeitos sem que tenham elementos suficientes para cobrar, depois, com eficácia, aquilo a que têm direito.

O precedente com os estudantes de Medicina, feridos em sua liberdade, é grave, é gravíssimo.

Daqui a pouco, o lulopetismo vai querer obrigar os estudantes de Direito a dedicarem não sei quantos anos à Defensoria Pública nos cafundós do país.

Ou enviar estudantes de Engenharia para colaborar na construção de ferrovias no Deserto do Jalapão, em Tocantins.

Ou dentistas para morarem na Caixa Prego, compulsoriamente.

Ou condicionar a formatura de estudantes de Enfermagem a cuidarem de leprosos nos confins da Amazônia.

Aí a imaginação pode correr solta. Que destino teria um estudante de, digamos, Geografia? E um de Relações Internacionais?

Não estamos em Cuba, nem na Venezuela, e muito menos na Coreia do Norte.

Essa medida provisória, como toda medida autoritária, usa como pretexto necessidades e carências reais da população para enfiar goela abaixo de jovens estudantes um absurdo.


Torço para que seja apenas uma insanidade temporária e passe logo. A continuar nesse ritmo, Dilma até o ano que vem deve propor o confisco de todo o salario da classe média para pagar a compra de band aids.

domingo, 7 de julho de 2013

REFORMA POLÍTICA, O ENGODO - Suplência




Há uma discussão ainda sobre esse assunto. Alguns propõem que caso o senador eleito se afaste por alguma razão o segundo colocado assuma e não seu suplente.

Não entendo que esse seja o melhor caminho. O que pode ser decidido é uma nova eleição localizada no estado daquele senador, ou mesmo que o suplente assuma. Só que o suplente deveria ser escolhido com algumas restrições. Uma das cláusulas de proibição deveria ser por grau de parentesco.

Outra coisa é que um Senador ao se afastar não deveria poder voltar a exercer o mandato na mesma legislatura. Ou seja, ser chamado a ser secretário, ministro o que quer que fosse, ele renunciaria compulsória e definitivamente ao mandato. Isso evitaria a relação prostituída que existe hoje em que senadores assumem ministérios e deixam suas vagas com esposas ou filhos enquanto acumula salários.


terça-feira, 2 de julho de 2013

REFORMA POLÍTICA, O ENGODO - Forma de Eleição de Deputados e Vereadores



Nesse item existem várias propostas e eu pessoalmente não vejo como explicar corretamente cada uma delas com suas nuances em tão pouco tempo para um chamado plebiscito.

Como ainda não foi divulgado o teor da dita proposta de Dilma, vamos tentar elencar algumas questões.

De cara não sei porque não incluir os senadores.


1. Tempo de mandato - Existe uma ideia de que todos os mandatos tenham o mesmo tempo, 4 ou 5 anos. Isso pode ser bom por diminuir o tempo de mandato de senadores. Nos demais cargos majoritários só faz sentido se acabar com a reeleição.

2. Coincidência de eleições - A ideia aqui é fazer coincidir todas as eleições no mesmo ano, ao contrário de hoje em que temos a cada dois anos uma eleição municipal e outra estadual/nacional. Fora a possível economia financeira, não vejo como isso pode ajudar. Pelo contrário, até acho que a reforma de metade do congresso a cada 2 anos seria bem mais interessante. Porém isso pode ser incompatível com o voto distrital ou por lista que trato a frente.

3. Recall de Eleitos - Essa pode cair no gosto popular. Trata-se da possibilidade dos eleitores de um determinado candidato poderem abrir uma ação plebiscitaria para decidir se ele continua ou não no seu mandato. Mas só faz sentido para eleições majoritárias. Sendo assim no caso de parlamentares teríamos que adotar o voto distrital.

4. Voto em lista fechada - Essa me parece a mais esquisita de todas as propostas. Primeiro porque obrigaria o candidato a acordos e conchavos dentro do partido para figurar na lista, e mais numa boa posição. Segundo é incompatível com o pouco corpo e identificação dos nossos partidos e do próprio povo no enxergar questões partidárias;

5. Voto Proporcional - É a forma como hoje são eleitos deputados e vereadores. Implica em aberrações como na última eleição em que a votação do Tiririca levou junto com ele mais 4 candidatos que não tiveram votos suficientes sequer para se elegerem vereadores;

6. Coligação e Voto de Legenda - Como é hoje, em que partidos podem se juntar para somar votos na eleição proporcional. Deveria ser proibido. Esse tipo de contexto leva a acordos bem estranhos, onde numa cidade partidos são adversários, no estado são coligados e podem voltar a ser adversários em âmbito nacional. Ou seja, o samba do afro-descendente prejudicado mentalmente.

7. Voto distrital - Pega-se o total de vagas na eleição de deputados e vereadores e divide o país, o estado, o município em distritos. Cada distrito elege seu representante. Tomemos como ideia um estado ficitício que tenha 50 vagas de deputados e uma população de 10 milhões de habitantes. Cada grupo de 200 mil habitantes de acordo com sua moradia elegeram 1 representante. Ao invés dos 10 milhões votarem em todos os candidatos, cada um votaria num dos candidatos do seu distrito. Qual a vantagem? Primeiramente iria baratear bastante a campanha. Imagine quanto custa fazer propaganda em todo o estado. É bem mais barato fazer campanha para deputado apenas na sua cidade. Segundo, permite que o eleitor conheça e portanto cobre de mais de perto o seu eleito. Existe ainda a ideia do distritão, ou seja distritos maiores elegendo mais de uma vaga, ou o distrital misto, em que parte dos candidatos é eleito por distrito e parte no geral;

8. Distribuição de vagas pelos estados. Poderia-se fixar um número total de deputados, no caso dos federais como exemplo 500. Considerando que o Brasil tenha 200 milhões de habitantes, cada grupo de  40 mil habitantes daria ao estado uma vaga. Hoje existe limite mínimo e máximo o que gera distorções gritantes onde em alguns estados um deputado representa 5 mil pessoas e em outros quase 200 mil. Voce pode pensar que isso seria perigoso porque estados populosos teriam muito mais deputados do que outros. Para isso existe o senado, onde a distribuição de cadeiras é igual para todos os estados.

Pois bem se ao ler isso acima, voce se sente apto a decidir por uma dad dúzias de combinações dos modelos acima, voce está apto ao plebiscito. Se não, como deve ser o caso da esmagadora maioria da população, retornamos a situação em que o plebiscito proposto não tem como funcionar.


REFORMA POLÍTICA , O ENGODO - Financiamento Público de Campanha




Querem fazer crer que o problema é existir financiamento privado de empresas e pessoas físicas. Não é. 

Usar ainda a desculpa de barateamento de campanha é falácia igualmente, mas a frente quando falar de voto distrital e coligações falarei mais sobre como baratear campanhas. 

A ideia de usar mais dinheiro público do que já se usa em campanhas é absurda. O horário eleitoral gratuito, não é gratuito, as TVs e Rádios recebem compensação por ele.

A ideia de ter um fundo geral, onde empresas e pessoas possam contribuir, e que será distribuido de acordo com o número de votos no partido na última eleição é nada mais nada menos que uma gatunagem do PT neste momento. Voce contribuiria para um fundo sendo eleitor de um partido para que sua contribuição seja distribuida proporcionalmente com os outros partidos. Faz algum sentido contribuir assim. Nesse caso deixa de ser uma contribuição direta, para se criar uma coisa absurda como o imposto contributivo eleitoral, ou quem sabe, um Fundo de Participação dos Partidos. Se assim for, defendo a ideia de que os partidos menos votados recebam mais dinheiro, assim equilibramos a disputa, como é no campeonato ingles.

Essa bandeira de financiamento exclusivo público é exclusiva das esquerdas desde sempre, pois dessa forma criam-se obstáculos financeiros intransponíveis para a oposição.

Essas mudanças pretendidas pelo PT gerarão provavelmente um uso ainda maior do Caixa 2 nas campanhas.

O financiamento privado não só deve ser permitido, como incentivado. Talvez estabelecendo limites, teto, para as contribuições, e sobretudo havendo transparência. Cada partido/candidato tendo uma única conta monitorada pelo TSE e com movimentação publicada  Sobras de campanha,  devidamente mapeadas, sendo automaticamente usadas como recurso para algum benefício público. 

E sobretudo rigor extremo com as prestações de contas de campanha. 

Transparência sim, financiamento público não.