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Economista, Administrador, Analista de Sistemas e Pensador (forcei). Meu suporte está em Deus que me elegeu na eternidade como Seu filho sem nenhum mérito para mim, na minha esposa Verônica e meus filhos, os manos Accete, Raphael, Philipi e Victor. Amo a Deus sobre tudo. Mas não posso esquecer que sou Flamengo e tenho duas negas chamadas Penelope e Joaquina, a galega doida Lara Croft e a mulambo de estopa, Cocada.

domingo, 28 de outubro de 2012

Marcos Assunção, Lewandovski e o Mensalão.

A atitude do brasileiro no futebol tem muito a nos ajudar a entender porque somos tão corruptos.


Neste sábado assiti um pouco do jogo do Palmeiras contra o Internacional no Beira-Rio que teve o resultado final em 2 a 1 para o Internacional piorando ainda mais a situação do Palmeiras no campeonato Brasileiro de 2012, onde ele segue com enormes chances de voltar a série B mais uma vez.

Mas não quero falar exatamente de futebol aqui. Para isso uso o blog Urubulando mas sim de uma frase que ouvi no final do jogo, salvo engano proferida pelo Marcos Assunção a qual me chamou a atenção para a forma como o Brasileiro enxerga a ética e a moral e o elo disso sobre algumas colocações que temos visto no julgamento do mensalão.

Para os não ligados em futebol comento o lance de jogo ao qual o jogador do Palmeiras se refere, lá pelo meio do segundo tempo, partida já em 2 a 1 para o Inter, num cruzamento, Barcos, o Pirata, sobe para cabecear num bolo de jogadores e toca visivelmente com a mão para o gol, que seria o gol de empate, e na situação do Palmeiras faria uma enorme diferença. Bem, no primeiro momento o juiz dá o gol, para em seguida alertado por alguém anular. Confusão estabelecida.

Ao final do jogo numa entrevista o jogador do Palmeiras reclama do lance, e ao receber a informação do repórter de que tinha sido gol de mão mesmo, ele sai com uma pérola, foi mas o juiz não podia ter anulado porque quem alertou ele foi o delegado do jogo e aí não pode.

Fora as discussões futebolísticas quase sempre irracionais e apaixonadas me assusta a desfaçatez embutida na afirmação do jogador do Palmeiras e como isso se refletiu de forma similar em muitos momentos da história do mensalão. 

Não vemos uma preocupação com a punição do ilícito, e de agir de forma limpa e transparente, mas sim com as filigranas jurídicas que tem que ser atendidas. A afirmação do jogador do Palmeiras em essência é a mesma da turma do PT no início do mensalão ao defini-lo como caixa 2 e posteriormente justificarem-se dizendo cinicamente: "Todo mundo faz".  Durante o julgamento sua excelência ministro Lewandovski saiu com outra pérola: "O testemunho de um acusado não pode ser usado como certeza", não foi um depoimento, foram vários que corroboraram com a afirmação de que o José Dirceu comandava tudo, mas não, longe da obviedade de que Delubinho jamais montaria um esquema desse por sua conta, se amarrou a não existir um recibo assinado, para defender a inocência do mesmo, segundo ele próprio em achava que existia , mas não tinha como provar, e assim absolvia o rapaz. Esta semana ele mais uma vez estava preocupadíssimo com as penas impostas estarem sendo muito pesadas, o que implicaria em reclusão para os condenados.

Assim infelizmente funciona a mente do brasileiro em relação a ética e a moral, quando é de nosso interesse não nos preocupamos com o fato ilícito em si, e sim se ele seguiu os trâmites legais, para que encontremos uma forma de nos beneficiarmos ou aos que nos interessam.

Nem de longe defendo que as coisas devam ser julgadas ao arrepio da lei, muito pelo contrário, mas usar todas as brechas possíveis para isentar os culpados, mesmo que todos os demais fatos deponham em contrário a mim sugere um grave problema da forma de pensar do brasileiro, onde a ética e a moral deve ser aplicada aos outros e não a mim ou aos nossos, quando nos interessar.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Bons ventos ... Que continuem a soprar.




Vamos combinar uma coisa. Voce tem todo direito de continuar com o papo de que nada mudou, mas sinceramente, hoje, eu sinto um pouco de orgulho de ser brasileiro.

Não, o nosso país ainda não é nenhum líder mundial, ainda é um país de desigualdades, há muito a ser feito, mas pela primeira vez na história desse país (desculpem mas não resisti) a nobreza foi alcançada pelo braço da justiça.

Tá certo, tudo bem, ainda faltam as penas, e a dúvida que alguns deles realmente passem pelo menos seis meses na cadeia, mas ficar repetindo que não adiantou de nada, que nada aconteceu, a mim parece conversa de quem realmente preferia que nada tivesse acontecido a essa turma de bandidos, assaltantes, mentirosos, manipuladores que agora o STF ratificou o que todos já sabiam.

Foi, era, é uma quadrilha sim. Bandidos agindo da pior forma possível. Travestidos em pais dos pobres, se locupletaram do pior que o poder pode oferecer e em nome de uma auto definição como semi-deuses, pairando acima do bem e do mal, se associaram para roubar a pátria mãe gentil em tenebrosas transações.

Com a devida vênia (não resisti mais uma vez) querer atribuir a decisão histórica, HISTÓRICA sim, a uma revanche das zelites é de uma desfaçatez, de um cinismo sem tamanho. Não se julgou passado, mesmo que duvidoso, e sim um presente realisticamente sujo.

Ao mesmo tempo que basear argumentos de defesa na falta de um recibo assinado é uma tosca tentativa de chamar-nos a todos de idiotas, coisa aliás que essa corja tentou fazer ao longo dos últimos 8 anos.

Tenho que dizer que foi um prazer sem tamanho ouvir em vários momentos, ontem foi o ápice, os ministros Celso de Melo e Marco Aurélio sapatearem verbalmente, com toda a vênia, em cima de alguns defensores da bandalheira, desmascarando aqueles que tentavam de alguma forma esconder e torcer a mais óbvia verdade.

Aquele se intitulava o novo pai dos pobres, tinha abaixo de si, uma quadrilha, um bando, formado por seus amigos aos quais ele imputava toda confiança.


Certamente alguns nomes ficaram de fora, infelizmente, o próprio ex-presidente, para mim, culpado. É impossível ter deixado a época da inocência, quando ainda acreditávamos em Papai Noel, e crermos que ele nada sabia, de nada participou e de nada se aproveitou. Da mesma forma é mais fácil acreditar em ETs do que imaginar que tudo aconteceu apenas por acreditarem em seus planos políticos de implantar uma republiqueta a la Chavez aqui. 


Corrupto, pensa primeiramente em si mesmo, essa sim é mais pura verdade.

Se voce prefere acordar hoje com síndrome de cachorro vira-lata, problema seu, mas eu acordei bastante mais satisfeito de ser brasileiro, aquele que não desiste nunca, e que teve uma prova ontem de  que a justiça consegue alcançar as zelites do crime.

E Ali Babá, não pense que continua impune entregando o bando de 40 ladrões, seu julgamento já começa a ser dado pela história, e numa atitude sim de revanchismo, espero sinceramente que o senhor ainda viva muito para ver seu ostracismo, como nunca antes se viu nesse país.

Concluo dando meus parabéns a vossas excelências ministros Carlos Ayres de Brito, Celso de Melo, Marco Aurélio de Mello, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Joaquim Barbosa, que deram ontem um exemplo que esperemos seja marcante e seguido por toda uma nova geração de brasileiros.


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sobre celulares, filhos e bufas





Tem um dito popular que diz “Filhos e peidos mal tolero os meus” ou num português mais politicamente correto, bufas.

Dia desses após passar por mais uma provação, ou seria privação, respiratória em um elevador por conta não de uma bufa, mas de um excesso de perfume comecei a pensar em nosso mundo compartilhado.

Talvez seja porque tudo hoje em dia converge para compartilhar o particular para o público em geral pelas redes sociais, mas estamos perdendo o senso de que algumas coisas nossas por mais que as achemos interessantes não tem o menor interesse para os outros.

Entre essas algumas são fáceis de listar, as bufas, por exemplo, creio que ninguém ache que deva compartilhar com todos no facebook. Aliás já andam testando a possibilidade de se enviar cheiros através da rede. Não, não tenham ideias.

Mas outras muitas vezes nem nos tocamos de quanto são chatas, irritantes e incomodadoras para os outros.

Cigarro. Esse nem requer muito comentário hoje em dia.

Conversa no celular. Quer seja assunto de trabalho ou a resenha da noite anterior, o assunto só interessa a você e ao seu interlocutor, ninguém mais quer saber o babado que rolou, salvo tenha sido uma pulada de cerca, e aí sua cara metade gostaria de saber, mas nesse caso você prefere que o assunto continue particular não é? Algumas pessoas ainda não se tocaram que não precisam gritar para falar com a pessoa do outro lado da rede só porque ela está longe. Talvez seja mais sensato pedir a pessoa que aumente o volume do aparelho.

Perfume. Esse é outro item que muita gente adora compartilhar. Veja bem, perfume é algo íntimo para ser sentido apenas por alguém que esteja perto o suficiente do seu pescoço para sentir o cheiro. O mundo não precisa que todos tenham síndrome de BOM AR e que decidam tornar a vida dos outros mais cheirosa, ou no meu caso, por conta de alergia, irrespirável. Se alguém que está a mais de um metro de você sente seu delicioso (nem sempre) perfume, tenha certeza que você exagerou na dose. A não ser que você realmente acredite que o meio litro de bálsamo que você derramou sobre si vá conquistar todas as gatas ou gatos dependendo de suas preferencias por onde você passar.

Toc toc. Quer seja no banco da sala de espera, no avião etc. Irritante alguém martelando, ritmicamente é ainda pior, na mesma cadeira onde você está sentado, ou mesmo batendo o pezinho. Pode até ser que seu toc tenha a ver com um TOC, mas nem por isso deixa de ser irritante para os demais.

Música. Essa merecia um artigo só sobre ela. Gosto não se discute, apesar de que em alguns casos é difícil acreditar que possa haver algo a ser gostado em algumas músicas, vide a versão para lá de tosca do Latino para o hit Gangnam Style. E parece que quanto pior a música, mais xula, mais a pessoa sente vontade de compartilhar para o mundo. Que você goste de Sertanejo Universitário, Pagode baiana, axé, rock, mpb, ou qualquer outra coisa, entenda que ouvir uma música compulsoriamente, mesmo quando você gosta dela, é por demais irritante, e algumas como o brega eletrônico é um tortura hedionda.

Da mesma forma que seus molequinhos bonitinhos safadinhos do painho irritam os outros com suas atitudes mal educadas, esses comportamentos listados acima, e mais outros similares devem ser guardados no âmbito de sua vida privada, e não compartilhados com o público. Aliás é por isso que o nome daquele vazo no banheiro se chama de privada, já que a m... que você faz lá você não pública, ou pelo menos por enquanto ainda não vi, e espero não ver ninguém fazendo isso.

Ah! Ia esquecendo das Bufas. Apesar de também incomodadoras essas podem ter pelo menos a desculpa de problemas de saúde. As demais só se forem deficiências de saúde mental.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tudo tem que ter um único dono.







O título deste artigo foi feito exatamente para chamar a atenção.

O assunto que quero abordar é relacionado a gestão. Podemos concluir  facilmente que tudo em nossas vidas é consequência de processos pelos quais passamos. Desde o nosso nascimento até nossa morte, e a depender de em que você acredita, pós vida ou pós morte se preferir, tudo é um processo que nada mais é do que o somatório de vários processos que por sua vez se desdobram em outro processos menores e por aí em diante.

Mas absolutamente tudo acontece em processos. Nossa criação é um processo acontecido em nosso lar, nossa formação acadêmica é um processo, nossa vida adulta, em família, vida profissional etc. Tudo são processos.

Notem que os mais confusos são sempre os processos onde há mais de um responsável pelo mesmo, nestes são onde acabam existindo mais conflitos.

Tudo bem que ao contrário do que o título sugere, alguns processos jamais terão um único dono. Nossa criação depende de nossos pais, ambos, e mesmo de outros entes próximos.

Mas quando pensamos em processos organizacionais é imprescindível que para uma gestão eficiente, todo e qualquer processo tenha um e que seja único dono do mesmo. Quando falamos de gestão de qualidade, inevitavelmente teremos gestão por processos e por resultados.

Quando falamos em dono do processo, ou se preferirem o termo responsável, não é necessariamente a pessoa que tudo fará acontecer, mas a pessoa na qual está a responsabilidade de tudo fazer acontecer. É importante ressaltar que no ambiente de empresas tende-se muito a confundir dono do processo com cargo, achando-se que o dono do processo deve ser sempre um gerente, um coordenador ou um encarregado. Engano perigoso esse.

O responsável sequer será obrigatoriamente o coordenador dos sub-processos envolvidos. O dono do processo é o gestor do mesmo. É ele quem cuida do ciclo de vida do mesmo e é responsável pelos resultados.

O dono do processo portanto não é o chefe da equipe, na verdade na maioria dos casos os processos envolvem várias equipes com seus vários chefes diferentes. Cabe aqui então perguntar qual o papel do dono do processo então:

v Primeiramente ele deve identificar quais os sub-processos  envolvidos e a quem cabe a responsabilidade pela qualidade e cumprimento dos prazos necessários; 

v É ele quem identifica as correlações dos sub-processos e identifica assim os riscos existentes; 

v Deve propor as ações necessárias para que os riscos sejam mitigados ao mesmo tempo que define as estratégias necessárias; 

v Esse dono do projeto é quem deve funcionar como interlocutor com o restante da organização em relação ao processo. Aqui cabe um comentário a mais. Em quase todas as organizações onde atuei, vi que uma das maiores fontes de stress e desperdício de tempo, ocorrem por não se ter, ou não se respeitar a figura do dono do processo. Discussões intermináveis e mal entendidos são muito comuns. Não apenas em empresas, mas mesmo em entidades religiosas notamos como as pessoas tem dificuldade de procurar o dono do processo para que o entendimento seja claro e único para toda a organização. 

v Ainda podemos listas como características desse dono do processo a condição de gerenciar capacidades, definir prazos e propor melhorias no processo, além de gerir a mudança.

Quais as características então que são essenciais para definirmos quem pode ser um dono de processo?

v Precisa conhecer o processo, desde a entrada da solicitação até a entrega do produto;

v Precisa conhecer quais os objetivos organizacionais e ter uma visão holística do negócio;

v Ter senioridade, autoridade em relação aos executantes. Não confundir aqui autoridade com chefia imediata;

v Saber negociar e influenciar as partes envolvidas.

v Deve ter uma boa capacidade de comunicação proporcional a abrangência do processo;


Há quem defenda a ideia que o processo pode ter como dono um grupo, até comungo da opinião que a responsabilidade solitária às vezes é pesada e arriscada demais, mas entendo que um grupo de apoio não elimina a figura do dono, mesmo que este tenha que compartilhar a responsabilidade e as decisões como o grupo.

Enquanto as organizações não entenderem que a hierarquia de responsabilidades sobre os processos deve ser respeitada e considerada em todas as situações continuaremos a ter eventos de by pass que só servem para desperdiçar recursos preciosos e escassos nas mesmas, gastos em inúmeras reuniões de esclarecimento, ao contrário, do que se tratado na formalidade não precisaria ser esclarecido.

Definição de Processo:

No campo da economia, o processo produtivo (mais conhecido como cadeia produtiva) implica a transformação de entradas (insumos) em saídas/produto final (bens e serviços), através do uso de recursos físicos, tecnológicos, humanos e outros.

Por outro lado, um processo de negócio é um conjunto de tarefas relacionadas de forma lógica, levadas a cabo para obter um resultado de negócio definido. Cada processo de negócio tem as suas entradas, funções e saídas. 


Alexandre Rocha Placido
Bacharel em Economia e Administração de Empresas
MBA em Gestão de Sistemas de Informação