Semana passada em uma conversa com alguns amigos fui questionado sobre como andava a questão da transposição do São Francisco, falei em tom de ironia sobre o que considero um sumidouro de dinheiro público sem previsão de qualquer retorno. Fui interpelado por um dos participantes da conversa perguntando-me se eu fazia parte dos 13%.
Não quero falar de Lula, Eduardo Campos ou mesmo de política. Quero falar aqui de tolerância.
A afirmação feita num tom perjorativo me remete a um questionamento expresso aí no título. A maioria está sempre certa. Isso me parece uma afirmação vazia de qualquer valor. Sem forçar a memória vamos lembrar de vários eventos políticos ou não em que a maioria estava errada.
Antes de continuar é importante falarmos da origem dessa expressão. Na Grécia, havia um templo dedicado ao deus Hermes (Mercúrio, para os romanos) que funcionava como oráculo, mas era diferente do consagrado a Apolo, em Delfos. Lá, não tinha nenhuma pitonisa para interpretar a mensagem da divindade. Quando alguém queria fazer alguma consulta a Hermes, entrava no templo, entregava a sua oferenda e ia até a estátua do deus do comércio. Fazia uma pergunta baixinho, junto ao ouvido dele e, em seguida, tampava os ouvidos. Saía do templo, que ficava em uma rua muito movimentada, e, no meio da rua, destampava os ouvidos. A primeira coisa que ele ouvisse naquele burburinho era a resposta de Hermes à sua pergunta, porque “a voz do povo era a voz do deus”.
Ou seja não tinha nada a ver com o sentido que é dado hoje de que a maioria está sempre certa e abençoada.
Mas voltando ao meu amigo de jantar quero apenas registrar que temos que pensar em política sem agirmos como se estivéssemos discutindo futebol. Cada um tem sua posição baseada em suas crenças, interesses e ideologias, e isso não faz uma posição mais correta ou melhor do que a outra.
Precisamos aprender a tolerar opiniões e mais ainda aprender que a democracia não é e nem pode ser a ditadura da maioria, muitas vezes a maioria vai escolher certo e muitas vezes vai escolher errado, e mais ainda no caso de nossa presidente, como já escrevi anteriormente , ela foi eleita e é presidente agora de todos os brasileiros e não apenas da maioria que votou nela, nos direitos e deveres. E todos nós temos direito de divergir, sobretudo no campo das idéias.
Antes de continuar é importante falarmos da origem dessa expressão. Na Grécia, havia um templo dedicado ao deus Hermes (Mercúrio, para os romanos) que funcionava como oráculo, mas era diferente do consagrado a Apolo, em Delfos. Lá, não tinha nenhuma pitonisa para interpretar a mensagem da divindade. Quando alguém queria fazer alguma consulta a Hermes, entrava no templo, entregava a sua oferenda e ia até a estátua do deus do comércio. Fazia uma pergunta baixinho, junto ao ouvido dele e, em seguida, tampava os ouvidos. Saía do templo, que ficava em uma rua muito movimentada, e, no meio da rua, destampava os ouvidos. A primeira coisa que ele ouvisse naquele burburinho era a resposta de Hermes à sua pergunta, porque “a voz do povo era a voz do deus”.
Ou seja não tinha nada a ver com o sentido que é dado hoje de que a maioria está sempre certa e abençoada.
Mas voltando ao meu amigo de jantar quero apenas registrar que temos que pensar em política sem agirmos como se estivéssemos discutindo futebol. Cada um tem sua posição baseada em suas crenças, interesses e ideologias, e isso não faz uma posição mais correta ou melhor do que a outra.
Precisamos aprender a tolerar opiniões e mais ainda aprender que a democracia não é e nem pode ser a ditadura da maioria, muitas vezes a maioria vai escolher certo e muitas vezes vai escolher errado, e mais ainda no caso de nossa presidente, como já escrevi anteriormente , ela foi eleita e é presidente agora de todos os brasileiros e não apenas da maioria que votou nela, nos direitos e deveres. E todos nós temos direito de divergir, sobretudo no campo das idéias.